Ao longo dos estudos da mediunidade, iniciados de forma sistemática desde 1848, os pesquisadores, ao analisar os fenômenos, deram nomes diferentes às diferentes manifestações da mediunidade. Psicografia, Psicofonia, Efeitos Físicos, Psicometria, Clarividência, Clariaudiência, etc. Essas diferentes denominações são interessantes quando precisamos de um nome para dizer qual evento ocorreu, em uma determinada situação, mas apenas isso !
No entanto, é muito comum o uso destas conceituações como uma coisa estrita: "Lá no centro temos médiuns de diversos tipos: psicografias, psicofonia e etc...". Ao falarmos assim, damos a ideia de que a mediunidade é uma faculdade desintegrada, dividida, podemos dizer, em vários "pedaços" que chamamos de psicografia, psicofonia e etc.. Isso nos leva a crer que uma determinada forma de manifestação da mediunidade que se apresenta em um médium é a "sua mediunidade. Essa é uma forma equivocada de ver a faculdade mediúnica que leva muitos médiuns a conflitos psicológicos muito sérios e os leva, muitas vezes, a se afastar da instituição na qual exercia a mediunidade no amparo aos necessitados. O médium passa a questionar-se acerca da sua faculdade mediúnica, o porquê da sua oscilação e "da mudança de natureza", o que gera neste insegurança, ansiedade e o possível afastamento das suas atribuições no que diz respeito às atividades mediúnicas.

Ao longo do desenvolvimento da mediunidade, um médium pode vir a experimentar várias alterações em sua faculdade mediúnica, desde oscilações, para mais e para menos, na sua percepção espiritual, ou mesmo a alteração na forma da manifestação, ou seja, se antes era um médium que transmitia comunicações psicográficas com mais frequência, pode passar a transmitir mais comunicações psicofônicas, por exemplo. Como pode ocorrer de acontecer tais oscilações, pode ser que isso nem mesma aconteça, isso é uma característica individual de cada médium. O que pode influenciar essas alterações é também a constância de uso da faculdade, no trabalho juntamente com a espiritualidade.
Se observarmos bem, todos aqueles que foram ou são considerados grandes médiuns, como Chico Xavier, Divaldo Franco, Yvonne do Amaral Pereira, Daniel Dunglas Home e etc, foram ou são médiuns que apresentaram várias formas de manifestação da sua faculdade mediúnica, eram solicitados pelos Espíritos por meio da psicografia, por meio da psicofonia, por meio da doação de fluidos espirituais para cura e outros trabalhos ectoplasmáticos. Com alguns desses ocorria mesmo várias manifestações ao mesmo tempo, como psicografia com duas mãos, psicografia e psicofonia ao mesmo tempo, psicografia e experiência fora do corpo e etc. Ou seja, eles não eram médiuns psicofônicos, psicógrafos e etc, eram simplesmente médiuns, aqueles que cederam seu corpo por alguns minutos para auxílio a humanidade, seja para contribuir com o esclarecimento, seja com a consolação.
Portanto, não devemos perder de vista o fato que o médium é um ser humano, com seus conflitos pessoais, como qualquer outra pessoa. Ansiedade, insegurança além de ser prejudicial à própria saúde do médium em si, é ruim para a comunicação mediúnica, atrapalha o processo de acoplagem dos Espíritos com o médium e pode vir a causar "ruído" na comunicação. Entendamos que essas modificações na faculdade mediúnica são normais e refletem o desenvolvimento natural da faculdade, que trata-se de uma só, porém pode manifestar-se de diferentes maneiras.
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