Certamente o fenômeno mais espetacular da fenomenologia mediúnica, o que destrói toda e qualquer hipótese materialista para a explicação dessa classe de fenômenos da Natureza. O Fenômeno de Materialização se caracteriza pela aparição tangível e visível, por qualquer um, de pessoas já falecidas.Trata-se, portanto, de algo objetivo. O que normalmente só é visto por pessoas com algum nível de clarividência se torna visível para todos, legitimando, assim, a palavra dos médiuns ao afirmarem entrar em contato com falecidos. Durante o fenômeno estudado por nomes importantes da Ciência como William Crookes, Charles Richet, médico ganhador do prêmio Nobel de Fisiologia, Gustave Geley, entre outros, vemos os Médiuns, com o auxílio dos quais o fenômeno se processa, serem amarrados, algemados e trancados em gaiolas para que toda a suposição de fraude fosse afastada.Para que possamos compreender o fato, é necessário compreender como o fenômeno se processa. Vale ressaltar 3 coisas com respeito às fotos exibidas neste artigo:
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Relata os fenômenos ectoplasmáticos luminosos e de efeitos físicos, ocorridos em reuniões regulares presenciadas pelo autor, na década de 1940, em Minas Gerais. Tais fenômenos eram produzidos pelos Espíritos Scheilla, José Grosso, André Luiz, Fritz Schein, Joseph Gleber e outros, e tinham como principal consequência a cura ou alívio dos sofrimentos de enfermos e desesperançosos. São expostos fatos, diálogos, instruções, observações, advertências, curiosidades, o inusitado, o humor dos espíritos. |
O termo se refere à individualização de uma forma pela matéria, ou à atribuição de qualidades da matéria a algo, no caso ao espírito, ou fazer manifestar-se o espírito sob forma material, torná-lo corpóreo.
Refere-se também o termo, à um tipo especialíssimo de mediunidade, onde ocorre o fenômeno da corporificação de espíritos através do ectoplasma do médium. Em diversas obras sobre o assunto, em que os autores participaram e analisaram fria e racionalmente o fenômeno, por anos a fio, podemos concluir, que ele apresenta um tipo de ocorrência padrão, onde participam sempre, o médium que apresenta tal faculdade mediúnica, demais pessoas que assistem e auxiliam materialmente a realização do fato, um ou mais Espíritos evoluído que coordenam a elaboração espiritual do fenômeno e algumas entidades, de caráter menos evoluído, com mais ligações com a matéria e o mundo material.
Algumas dessas materializações chegam a ter uma intensa luminosidade, que chega a desafiar qualquer pensamento de incredulidade à respeito do fenômeno. Isso ocorre devido à grande quantidade de fosfato de lecitina, que o médium apresenta em seu organismo. Por isso que em certas ocasiões o famoso médium Peixotinho era orientado pelos Espíritos a ingerir muito peixe, alimento que possui essa substância.(Extraído da Revista Cristã de Espiritismo nº 03, páginas 06-10)
O fenômeno de ectoplasmia pode dividir-se em três tipos:
- a - A psicoplastia, quando o ectoplasma assume formas diversas devido à ação psicocinética exclusiva do médium.
- b - A duplicação ectoplasmática, em que o perispírito do médium serve de organizador do ectoplasma, produzindo uma réplica do médium.
- c - A produção de agênere ectoplasmático, na qual o médium funciona apenas como doador de ectoplasma. Sua modelagem opera-se à custa do perispírito de um segundo agente. É possível ainda que o Espírito de uma pessoa encarnada se sirva do ectoplasma de um doador e se manifeste em forma de agênere ectoplasmático. (L. Palhano Jr - Dicionário de Filosofia Espírita).
Os fenômenos de materialização são produzidos de forma muito intrínseca:
- Primeiramente, o médium principal serve de aparelho para que a equipe espiritual manipule as energias essenciais ao fenômeno.
- Posteriormente, o que observamos, em nossos trabalhos, é que a Entidade a se materializar, retira do médium ou dele faz expandir um campo que o reveste. Dessa maneira, vê-se a formação inicial do fulcro do fenômeno sobre o médium.
- A seguir:
- A estereológica (nunca tive ocasião de ter uma completa) transforma a energia em forma palpável e que reveste o perispírito da Entidade manifestante, tornando-a tangível, auscultável e se forma de maneira idêntica, só que, em vez de provocar luminosidade no campo do Espírito dito materializado, dá-lhe consistência material.
- Um outro tipo de materialização que pude verificar e da qual Crookes não faz referência é aquela em que o Espírito nos tange, nos toca, faz-se sentir como se estivesse materializado, mas, os presentes (encarnados) não conseguem segurar esse corpo. Nossa sessão comprovou a existência de uma cigana que se materializava e que bailava ao som das músicas que eram tocadas pela nossa vitrola. Sua saia roçava nos presentes, batia nos móveis, ouvíamos e sentíamos tudo como se ali estivesse a bailarina dançando e esbarrando nas pessoas, só que ninguém conseguia segurar esta saia rodada e encorpada.Carlos de Brito Imbassahy
O FENÔMENO ATRAVÉS DOS TEMPOS
Caso fôssemos analisar a história da humanidade através do tempos, com certeza teríamos elencados muitos casos de manifestação da mediunidade de efeitos físicos, antes mesmo que ela assim fosse denominada e compreendida, pois antigamente, era considerada como fenômeno sobrenatural. Atualmente, à luz do Espiritismo, podemos compreendê-la melhor e explicá-la cientificamente.
Ernesto Bozzano nos ensina, em seu livro "Pensamento e Vontade", que a substância ectoplásmica já era conhecida pelos alquimistas do século XVII, como Paracelso, que a denominou Mysterium Magnum, e Tomas Vaogan, que a definiu por Matéria Prima. Também Emmanuel Swedenborg, um dos precursores do Espiritismo, realizou experimentos de ectoplasmia.
Outros importantes pesquisadores podem ser citados, como Dr. Gustavo Geley, que descreveu essas manifestações em seu livro "Do Inconsciente ao Consciente, além de diversos investigadores científicos, tais como Hartmann, Aksakof, Du Prel, Cel. de Rochas, que baseou suas conclusões nas experiências realizadas com a também famosa médium de ectoplasmia, Eusápia Paladino.
O nome de Linda Gazzera é conhecido em toda a parte pelos curiosos e pesquisadores dos fenômenos paranormais. Esse nome figura nos trabalhos de Lombroso, Richet, Imoda e Mme. Bisson, como uma das mais poderosas médiuns de efeitos físicos e materialização.
O Dr. Enrique Imoda, médico italiano e infatigável pesquisador dos fenômenos supranormais, estudou pacientemente durante dois anos, a mediunidade de Linda Gazzera, tendo conseguido, após inúmeras experiências, reunir material de grande valor documental, em que figuram produções teleplásticas e corporificações notáveis, fotografadas durante a série de sessões, realizadas em Turim, nas residências da princesa de Ruspoli e da senhora Coggiola, com um reduzido grupo que ele organizou.
A valiosa documentação desse experimentador italiano foi, depois de sua desencarnação, em 1912, impressa pela editorial Fratelli Bocca, com o título de "Fotografie di Fantasmi", trazendo um belo e substancial prefácio de Richet.
O livro de Imoda é hoje uma preciosidade. Ele contém a mais famosa documentação iconográfica dos fenômenos metapsíquicos da época com a mediunidade de Linda Gazzera.
Foi em maio de 1908 que linda Gazzera passou a trabalhar com o Dr. Imoda. Acontecimento este notável na vida deste experimentador.(Federação Espírita do Paraná)
Médium Eva Carrière |
Mais recentemente, por volta da década de 40, Fábio Machado, um médium que morava em Belo Horizonte, produzia fenômenos de materializações, como conta Ranieri, em seu livro "Manifestações Luminosas". Através dele ocorriam os mesmos fenômenos observados no médium Francisco Peixoto, no Rio de Janeiro, e com os mesmos espíritos, mesmo sem se conhecerem ou terem conhecimento da existência um de outro. A única diferença é que as materializações de Fábio eram opacas.
FRANCISCO PEIXOTO LINS
Dentre os casos relatados pela Literatura Espírita, um dos que mais impressionam pela total autenticidade e abundância do fenômeno, é o de Francisco Peixoto Lins, o qual, segundo profunda análise dos relatos, foi alvo das observações de André Luiz, em suas visitas de aprendizado em nosso meio. Não há registros, no Brasil, de médiuns que provocassem materializações como as de Peixotinho.
Muitos fenômenos foram observados, descritos e testados por centenas de pessoas de bem, cultas, estudiosos, além do acompanhamento criterioso de um delegado de policia da época, que publicou um livro a respeito, intitulado "Materializações luminosas". (R. A. Ranieri,2003)
OS FENÔMENOS DE PEIXOTINHO
Eram flores naturais e orvalhadas que apareciam, em abundância, do nada; luvas de parafina; flores moldadas na parafina; moldes do rosto de espíritos; materializações completas e incompletas (apenas o busto) de entidades; aporte de pedras de diversos lugares do mundo; chuva de flores, de pétalas naturais; brisa suave; aragem fresca; perfumes deliciosos; voz direta (garganta ectoplásmica); escrita direta; biombos e cadeiras que levitavam; desmaterialização de uma viola; fabricação de remédios homeopáticos; aparecimento de água mineral da França (Vichy); letreiros luminosos com frases inteiras ditadas na hora pelos participantes; além das curas e tratamentos inacreditáveis que ocorriam todos os dias.
A cada sessão era um verdadeiro espetáculo. Em uma única reunião eles chegaram a moldar em parafina, cerca de 100 flores. Para distrair os participantes e evitar que suas mentes divagassem por outras paragens, as entidades utilizavam a música como recurso. Tocavam violão e espíritos dançavam. Enviavam, por escrita direta, ou eles mesmos sentavam à mesa, tomavam a caneta comum e escreviam letra e música de hinos.
Ouvia-se sempre com perfeição e nitidez, no ambiente, os sons produzidos pelos espíritos corporificados, seus movimentos de ir e vir da cabine, dirigindo-se ao balde de parafina fervente e o som característico do molhar das mãos em água fria para o resfriamento e endurecimento das moldagens.
O início dos trabalhos era marcado com um sinal: o aporte de uma ou várias pedras que surgiam do nada. E sempre ao final da reunião ouvia-se uma voz enunciar o êxito ao não da sessão. Muitas vezes, enunciavam através do recurso da voz direta (garganta ectoplásmica) que não haviam conseguido o objetivo esperado e ao acenderem as luzes encontravam botões de rosas, cravos, margaridas ou outras flores, ofertadas por espíritos aos presentes.
Os mentores explicavam que extraíam fluidos (energia ectoplasmática) dos médiuns para tratarem dos doentes. Explicavam também que as tarefas em torno da mediunidade são o resultado de um trabalho em conjunto, de equipe, baseado na unidade de propósitos, capaz de formar um campo psíquico ou, como se diz comumente, uma corrente de energias. Nesse campo movimentam-se os fluidos por força da mente, que plasma e cria, seguindo as determinações do espírito diretor ou controlador.
ENSINAMENTOS DOS ESPÍRITOS
Segundo as entidades orientadoras, o objetivo dos fenômenos mediúnicos é despertar, aprender e curar, no caso de Peixotinho. Dois fatores ficaram evidenciados: a necessidade de constante estudo das instruções contidas no "Livro dos Médiuns" e o aprendizado do trabalho em grupo, demonstrando que, a mediunidade a serviço de instruções espíritas, exige mentalidade de equipe, atenção, estudo, respeito e, em conseqüência, espírito de participação.
Constantemente orientavam os presentes para eliminarem a curiosidade, mentalizarem os doentes, ordenadamente, ajudando-os nos processos de tratamento. Explicavam que a base do fenômeno está na mente e que essas energias sutis são extremamente sensíveis ao pensamento, portanto a postura mental do grupo era fundamental.
Em certa ocasião sugeriram que utilizassem contos espiritualizados para ajudar a manter a vibração positiva do grupo. Além do canto de hinos leituras do Evangelho, etc. Outra sugestão foi a de organizar grupos pequenos, com número reduzido de pessoas, pois o excesso de componentes, em virtude da heterogeneidade de pensamentos e de propósitos, atrapalhava o êxito do trabalho. No início, os próprios espíritos enumeravam aqueles que estavam aptos para participarem das reuniões e os demais que iriam realizar as visitas, "para fazer ambiente", na casa dos doentes que seriam tratados à distância.
Uma observação sobre o vídeo acima: O Centro Latino Americano de "Parapsicologia" citado no vídeo, CLAP, é uma instituição não científica fundada pelo padre Quevedo, um antigo detrator do Espiritismo, com oúnico objetivo de atacar o Espiritismo. Hoje, completamente esquecido e motivo de chacota no meio científico.
Os espíritos insistiam nos ensinamentos, mas a maior parte dos participantes se aglomeravam em torno de Peixotinho porque aquilo lhes encantava os olhos ou lhes atendia os interesses mais imediatos, nem sempre procuravam a essência, as causas e as conseqüências.
De todo esse universo de pesquisas e experimentos científicos realizados, através do tempos, sobre a existência, a atuação e as conseqüências das energias sutis do espírito, concluímos que, como Kardec mesmo nos ensina, a maior ou menor incidência desses fenômenos físicos está diretamente relacionada à necessidade de despertamento da humanidade para o aspecto espiritual de sua existência.
Assim portanto, observamos que na atualidade, esses fenômenos se tornaram escassos devido à evolução do homem e sua condição no estágio seguinte após esse despertamento, que é o burilamento moral interior, em direção à escala ascendente da evolução da humanidade.
(Extraído da Revista Cristã de Espiritismo nº 03, páginas 06-10)
Indicação de Obras:
http://ruipaz.pro.br/textos/mediunico/fenomeno_espirita.pdf (O Fenômeno Espírita, de Gabriel Delanne)
http://bvespirita.com/Pensamento%20e%20Vontade%20(Ernesto%20Bozzano).pdf (Pensamento e Vontade,de Ernesto Bozzano - nota: nesta obra são mencionadas as materializações e o papel do pensamento envolvendo materializações)
https://www.youtube.com/watch?v=bl51O_26hxw (Materializações de Espíritos, de Paul Gibier e Bozzano)
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