Tidos como o marco que despertou os estudos modernos sobre a mediunidade, os fenômenos ocorridos no pequeno povoado de Hydesville, uma espécie de município do estado de Nova York, pertencem a uma classe de fenômenos muito estudados no século XIX por grandes cientistas europeus e americanos, mas, que, como todo fenômeno da natureza, sempre existiu.Estamos falando de um subconjunto dos Fenômenos de Espirituais de Efeitos Físicos, também muito conhecidos por Fenômenos Telecinéticos.
Emma Hardinge |
Conta-nos Emma Hardinge, médium e historiadora do Espiritualismo Moderno Americano, nome dado ao movimento iniciado nos Estados Unidos, e que depois migrou para a Inglaterra, onde se estudavam todos os fenômenos estudados pelo Espiritismo, que:
Irmãs Fox |
Casa da Família Fox |
O que são esses fenômenos ?
Como a introdução deste artigo fez referência, esta classe de fenômenos espirituais que, nada possuem de miraculosos e, por consequência, nem de sobrenaturais, são caracterizados pela movimentação aparentemente estranha de objetos. São louças, copos, cadeiras, mesas e objetos de qualquer tipo, incluindo aí o corpo humano, que movimentam-se sob a influência de uma força estranha a todas as pessoas presentes no ambiente. Se a movimentação desses objetos fosse sempre aleatória, poderíamos, sem sombra de dúvidas, atribuí-los a uma força de origem física, como a gravidade,a força elétrica, a força magnética e outras forças conhecidas, ou quem sabe mesmo uma força física ainda desconhecida. Mas não é isso que acontece. William Crookes, em seu monumental "Reseraches into the Phenoma of Spiritualism", onde estudou alguns médiuns em sua própria casa e impondo suas próprias condições de modo a conduzir os estudos de forma científica, nos diz:
"Uma questão importante impõe-se à nossa atenção: esses movimentos e esses ruídos são governados por uma inteligência ? Desde o começo das minhas pesquisas verifiquei que o poder que produzia esses fenômenos não era simplesmente uma força cega, mas que uma inteligência os dirigia, ou pelo menos lhes estava associada; assim os ruídos de que acabo de falar[semelhantes aos de Hydesville] foram repetidos em número determinado; tornaram-se fortes ou fracos, e a, meu pedido, ressoaram em diferentes lugares. por um vocabulário de sinais, convencionados previamente, foram respondidas perguntas e dadas comunicações com maior ou menor exatidão.
A inteligência que governa esses fenômenos é algumas vezes manifestamente inferior à do médium, e está muitas vezes em oposição direta aos seus desejos. Quando se tomava a determinação de fazer alguma coisa, que não podia ser considerada muito razoável, contínuas comunicações eram dadas para induzir a refletir de novo.
Essa inteligência é, algumas vezes, de tal caráter, que nos vemos forçados a crer não provenha de nenhuma das pessoas presente."
William Crookes, estudou alguns médiuns, entre os quais uma das meninas Fox, Kate Fox, nessa época já uma mulher por volta dos seus 30 anos. O que nos permite garantir a autenticidade dos fatos narrados por Emma Hardinge e colocados na introdução deste artigo. Sobre seus estudos com Kate Fox nos diz o sábio:
"Esses ruídos, que verifiquei com quase todos os médiuns, têm cada um sua particularidade especial. Com o Sr. Home, são mais variados, mas quanto à força e regularidade, não encontrei absolutamente ninguém que pudesse aproximar-se da Senhora Kate Fox."
Sr. Home(Daniel Dunglas Home), citado por Crookes, foi simplesmente um dos maiores, senão o maior, médium de efeitos físicos do Século XIX. Allan Kardec cita seu nome várias vezes em "O Livro dos Médiuns" bem como na "Revista Espírita".
Exemplos
Nesta seção do artigo, colocamos alguns relatos, observados por grandes pesquisadores, de fenômenos de movimentação de objetos onde fica claro a ação de inteligências invisíveis no processo. Começamos pelos mais simples e gradualmente passaremos aos mais complexos:
Casos do Tipo 1 - Movimentos Simples
Conta-nos Crookes no livro supracitado:
Experiência com a médium Eusápia Palladino - mesa levantando |
"Sob as vistas de todos os assistentes, uma cadeira veio lentamente de um canto, distante da sala, o que todas as pessoas presentes confirmaram; em certa ocasião, uma poltrona chegou até ao lugar em que nos achávamos sentados e, a meu pedido, retrocedeu lentamente, à distância de cerca de três pés. Durante três sessões consecutivas, uma pequena mesa moveu-se lentamente pelo meio da sala, nas condições que eu tinha expressamente preparado, a fim de responder a qualquer objeção que se pudesse levantar contra esses fatos."
E mais:
"Em outra ocasião, uma pesada mesa elevou-se acima do soalho, em plena luz, enquanto eu segurava os pés e as mãos do médium.Ainda outra vez, a mesa elevou-se do solo, não somente sem que lhe tocassem, mas ainda nas condições que eu tinha previamente preparado, de maneira a pôr fora de dúvida a prova desses fatos."
Caso do Tipo 2 - Escrita Direta
A Escrita Direta acontece quando os próprios espíritos diretamente escrevem, fazendo uso de um lápis ou giz. Conta-nos o Dr. Paul Gibier em "O Espiritismo - faquirismo ocidental":
"No dia 29 de abril de 1886, às 11 horas da manhã, dirijo-me com um de meus amigos, M. A., à casa de Slade; trago diversas ardósias marcadas com a minha assinatura a lápis azul. Inspeciono a peça onde se faria a experiência. Examino a mesa, as mangas de Slade, o forro de sua roupa e os sapatos,
que ele descalça.
Ardósia e um lápis |
A pedido de Slade, tiro da pasta, que não larguei um momento, duas das minhas ardósias em quadros de madeira, da Casa Fáber, e coloco-as na mesa, separadamente. Slade toma um pequeno lápis de ardósia de 8 a 10 milímetros de comprimento, corta-o em dois pedaços com os dentes e coloca-o sobre uma das minhas ardósias, do lado oposto à minha assinatura. Ele cobre o lápis com a minha segunda ardósia, cuja assinatura está no interior, toma as duas ardósias assim reunidas e coloca-as verticalmente sobre meu antebraço esquerdo. Não perdi de vista nenhum dos seus movimentos, nem as minhas ardósias. No momento em que Slade inclina as ardósias para pô-las verticalmente, ouço o lápis escorregar no espaço estabelecido entre as duas superfícies pela madeira dos quadros. A sala estava bem iluminada.
Todos tínhamos as mãos sobre a mesa nua; M. A. está à minha direita e Slade à esquerda. Tenho sob os olhos as mãos de Slade, bem como as suas pernas, que ele conserva fora da mesa. Vejo distintamente em cima de meu antebraço esquerdo as duas faces das ardósias unidas e a mão direita de Slade, que as segura.
Depois de vinte ou trinta segundos, sinto uma forte pressão das ardósias sobre meu antebraço.
Slade disse sentir a “corrente” passar em seu braço; isso parece fazê-lo sofrer um pouco.
Algumas pancadas surdas são batidas em minhas ardósias e a mão de Slade permanece imóvel. De repente a escrita se faz ouvir distintamente. A mão de Slade está imóvel; nenhum de seus dedos se mexe. Asculto minhas ardósias: não há dúvida possível, é mesmo em seu interior que ocorre o rangido, escuto perfeitamente o traçado da escrita e a pontuação, bem como por quatro vezes um traço. A escrita pareceu ser lenta a princípio; em seguida, depois do primeiro traço, o ruído foi mais rápido e depois do segundo traço tornou à lentidão primitiva.
Após longo tempo, soam na ardósia três pancadas secas; Slade as retira, colocando-as na mesa, e eu as seguro sem forçá-las; entretanto Slade parece ter dificuldade em separá-las. Ei-las em minhas mãos. A ardósia onde encontro minha assinatura não tem sinais de escrita. A outra, que repousa sobre minha mão esquerda, está coberta de letras. A minha assinatura, que vi enquanto durou a experiência, em parte oculta pelas dobras do meu casaco, encontro-a do outro lado da ardósia, coberta de escrita.
Quatro frases separadas por três traços estão escritas sobre a minha ardósia, um quarto traço se vê antes da assinatura que termina a última frase. Duas dessas frases, a do começo e a do fim, são em inglês e assinadas W. Clark. Das duas outras, uma é em alemão e a outra em francês. Esta última é assim concebida: “Com efeito, a vossa idéia é muito boa. Vosso obrigadíssimo criado. – L. de M.” No começo da sessão eu havia dito que, se obtivesse bons resultados, faria sem dúvida uma obra sobre o assunto. Teriam querido referir-se a essa idéia?
Em resumo, nessa experiência as minhas ardósias foram constantemente vigiadas por três dos meus sentidos: a vista, o tato e o ouvido."
Uma Segunda Experiência:
"No dia 12 de maio de 1886, às 11 horas da manhã, em casa de Slade: tudo ocorre no começo como na experiência precedente.
Duas ardósias Fáber nº 7, que me pertenciam e estavam marcadas com a minha assinatura, são por mim postas em cima da mesa. Eu mesmo encerro um pedaço de lápis de cinco milímetros de comprimento entre as minhas duas ardósias. Slade, que ainda não segurou nelas, coloca a extremidade dos dedos da mão direita sobre a ardósia superior, conservando a mão esquerda em cima da mesa, com as nossas e as de uma terceira pessoa. Estamos colocados como na experiência I, precedente. Apoio o cotovelo esquerdo sobre as ardósias e, ao cabo de um instante, sinto e ouço distintamente escrever-se em seu interior. Observo que há interrupção do ruído da escrita de cada vez que levanto a mão do “círculo” que ela forma com as mãos da pessoa que está à direita de Slade. Depois de alguns minutos, três ou quatro pancadinhas secas soam debaixo de meu cotovelo. “Pronto”, diz Slade em inglês, levantando a mão direita de cima das ardósias. Agarro-as, abro-as, e encontro uma delas, sobre a qual reconheço os meus sinais, cobertos de escrita. O pequeno lápis por mim posto entre as ardósias e cuja parte quebrada estava limpa, traz em uma das extremidades sinais evidentes de uso.
Que escrevente usou esse lápis e escreveu as três frases (em inglês, francês e alemão) que vejo ali? Pus por minhas mãos (não foi outra pessoa) o lápis entre as duas ardósias; não perdi um momento de vista as mesmas ardósias nem as mãos de Slade; sua mão esquerda estava sobre a minha mão esquerda e a sua direita estava a trinta centímetros de meus olhos, somente a extremidade dos dedos repousavam em cima das ardósias que eu prendia com o cotovelo.
Não se mexeu nem um músculo de seus dedos: ouvi o ruído da escrita, vinha de dentro das ardósias; abri-as eu mesmo, estou certo de que ninguém as tocou; só eu as toquei, exceto a extremidade dos dedos de Slade em contato com a ardósia em cujas duas faces nenhuma letra havia sido traçada."
Uma última de escrita direta:
Médium Slade |
"A 12 de maio de 1886, às oito horas da noite, em casa de Slade, entre outras manifestações espiritualistas, sob uma ardósia que me pertencia, descansando em cima da mesa, debaixo de meu braço, e na qual Slade não tocou, senti escrever (com o pedaço de lápis) e, terminada a operação, encontrei na face inferior da ardósia, onde dois minutos antes nada havia ainda escrito, uma frase inglesa cujo sentido é o seguinte: “Conservai isso para vós como prova da nossa promessa, faremos depois outras coisas mais. – W. Clark.”
Terminada a sessão, Slade tomou uma das ardósias, colocou um lápis sobre uma das suas faces em plena luz e preparava-se para pô-la sob a face inferior da mesa, quando sua mão pareceu ser atraída para meu lado por uma força invisível, sendo a ardósia posta sobre a minha cabeça; senti e ouvi escrever; um instante depois li essas duas palavras: Good bye (adeus). Observei que a palavra começava do lado oposto à mão de Slade e que o lápis havia parado exatamente sobre a terminação da palavra bye."
Caso do Tipo 3 - Fenômenos de Transporte
Essa categoria é sem sobra de dúvidas aquela que incontestavelmente nos demonstra a presença de entidades invisíveis e inteligentes. Inteligentes a tal ponto de realizar feitos que nenhum ser humano é capaz de fazer: Levar, para dentro de um recinto hermeticamente fechado, um objeto que se encontrava fora dele ! Isso demonstra conhecimento de técnicas de manipulação da matéria ainda não descobertas pela nossa ciência atual.
Ernesto Bozzano, nos diz, em sua importante obra Fenômenos de Transporte:
"Tiro este caso da interessantíssima monografia de Fredrich W. H. Myers intitulada The Subliminal Consciousness (A Consciência Subliminal), publicada nos Proceedings of the Society for Psychical Research, vol. IX, pág. 119. Myers declara não estar autorizado a dar os nomes dos protagonistas, mas atesta conhecer pessoalmente o relator e personagem principal, ao qual foi apresentado pelo prof. Andrew Lang. O relator, Sr. O., conta que, no inverno de 1888/89, começara a estudar os fenômenos espíritas juntamente com dois irmãos e dois amigos seus, um dos quais, de nome Andrew, se revelou dotado de ótimas faculdades mediúnicas. Obtiveram boas provas de ordem inteligente em demonstração da interferência de personalidades espirituais extrínsecas ao médium e aos presentes, entre as quais a de ter o médium, totalmente ignorante das línguas clássicas gregas e latina, escrito corretamente em uma e outra. O narrador assim continua:
“Mais do que nunca inexplicável foi a prova fornecida a um cético de nosso conhecimento. Esse senhor pediu e obteve licença para assistir a uma de nossas sessões, mas, quando lá se achou, assumiu uma atitude que indicava que ele considerava a coisa como mera brincadeira, tanto assim que levou consigo um outro cético da mesma marca. Apenas o médium caiu em transe, a entidade mediúnica habitual começou observando: “Acham-se presentes pessoas estranhas.” Tal observação pareceu aos nossos hóspedes muito inconcludente e banal, pelo que um deles pediu jocosamente ao espírito para fazer alguma coisa que o convencesse de sua presença real. A personalidade mediúnica então lhe perguntou qual era a prova que ele desejava e o outro, sempre gaiatamente, disse: “Ei-la, pois. Traga-me uma vela.” A idéia provavelmente saíra da cabeça dele por se achar no escuro. Apenas formulado o pedido, uma vela foi colocada diante de quem a tinha solicitado, com a injunção de que se fosse logo embora.
Verificou-se que a vela estava quente na parte do pavio, o que era devido ao fato de ter ela sido utilizada, um momento antes, no quarto contíguo. Com efeito, meu irmão saíra a seguir, pedindo à dona da casa uma vela e a boa senhora se dirigira para o lugar em que momentos antes colocaram o castiçal, ficando estupefata ao descobrir o castiçal no lugar, sem a vela. Então meu irmão lhe fez ver a vela que tinha entre as mãos e ela a reconheceu como a de que se utilizara pouco antes. De resto, não podia haver duas opiniões a respeito, pois não havia outra vela em toda a casa.
Esse fenômeno foi o mais importante que obtivemos até aquele dia e a sua importância reside no seguinte: que pode ser considerado como uma prova equivalente à demonstração do fato de ter um objeto sólido passado através de uma outra matéria sólida, visto que a vela passara de um quarto para outro, embora as duas portas permanecessem fechadas à dupla volta de chave.”
No mesmo livro continua Bozzano:
"O seguinte episódio se produziu com a mediunidade do amigo Luigi Poggi na sessão de 27 de fevereiro de 1901. Estavam pre-sentes os cônjuges Peretti, o Dr. Giuseppe Venzano, o Sr. Adolfo Schmoltz e quem este escreve. Eis o relato da sessão tal como reza a referida ata:
“Começa a sessão às 20:30 e os presentes formam a cadeia. Faz-se a luz vermelha e, pouco depois, completa obscuridade. O médium cai em transe, quase imediatamente. Está inquieto e não tarda em manifestar-se por sua vez uma personalidade mediúnica que se expressa com voz rouca, de um timbre acentuadamente baritonal. Fala em francês e, nas frases que profere, denota estranha imperiosidade. Pergunta-se o nome da entidade comunicante e o médium apanha o lápis e escreve “Conde de la Gruyère”, depois do que dá sinais de viva agitação e perde o contato das mãos de todos os assistentes. Sem romper a cadeia, todas as mãos se juntam sobre as dele, que começam logo, de modo curioso e engenhoso, a enlaçar cada dedo de suas mãos com o dedo de cada mão dos presentes.
Não tardam em verificar-se as contrações de costume e, em seguida, se produzem movimentos convulsivos tônico-clônicos e logo um estado de abandono e relaxamento. Ao mesmo tempo se ouve claramente uma pancada seca no chão, como de um corpo metálico caído de regular altura. Compreende-se que se trata de um transporte e se pede licença para se acender a luz. Os olhares de todos os presentes se dirigem para o ponto do soalho onde se percebera a queda do objeto e aí se encontra um grosso prego. Mede uns 10 centímetros de comprimento e sua extremidade pontiaguda mostra vestígios, até a metade, de cal seco. O descobrimento do transporte e a natureza do objeto, que os esposos Peretti afirmam não pertencer à sua casa, despertam a curiosidade dos presentes, que perguntam à personalidade comunicante de onde o tirara, tendo ela respondido: “Tirei do terraço do vizinho de cima.”
No dia seguinte, o Sr. Peretti procurou seus vizinhos, os srs. E., e lhes perguntou se por acaso reconheciam o prego que lhes apresentava. A Sra. E. pareceu reconhecê-lo e, apanhando o dito prego, se dirigiu, sem mais, para o terraço anexo ao seu apartamento, aonde os demais a seguiram. Chegados ali, notaram a falta de um prego grosso que sustentava a corda sobre a qual se costumava estender a roupa lavada para secar. Introduzido o prego no buraco existente na parede, verificaram, com espanto, que esse era da mesma largura do prego e que a sua profundidade correspondia exatamente à parte do mesmo à qual ficaram aderidos vestígios de cal. Era de notar-se também que as bordas do buraco não pareciam forçadas, coisa impossível de se conseguir se se pretendesse tirar um prego grosso solidamente encravado na parede até a metade do seu tamanho.
Tudo isso serve para demonstrar, de modo irrefutável, que o prego transportado era o que faltava no terraço existente em cima da sala das sessões. O “Conde de la Gruyère” dissera a verdade.”
Como isso funciona ?!
Todos os fenômenos de efeitos físicos provocados por entidades desencarnadas têm por trás deles a manipulação de fluidos, por parte dos Espíritos, ainda não conhecidos por nós encarnados e o uso de técnicas do que poderíamos chamar de "engenharia química espiritual". O principal fluido manipulado por eles para isso trata-se do Ectoplasma, o chamado fluido vital no Livro dos Espíritos e dos Médiuns.
O Ectoplasma, termo criado pelo professor Charles Richet, do grego ektos – por fora e plasma – dar forma, modelar, é a substância retirada dos médiuns através dos diversos orifícios do corpo, pelos Espíritos. Sendo amorfa, vaporosa, com tendência à solidificação e tomando forma por influência de um campo organizador específico, seja a mente dos encarnados ou desencarnados. Facilmente fotografado, de cor branca-acinzentada, vai desde a névoa transparente à forma tangível.Sensível à influência da luz, desfaz-se quando exposto a ela. É com o auxílio dessa substância, retirada dos médiuns, que os Espíritos conseguem se tornar visíveis e tangíveis.
Não existe uma forma única que diz como os espíritos sempre manipulariam essa substância. O que existe são diversas técnicas que, dependendo do conhecimento do Espírito, pode vir a manipular esses fluidos de forma mais eficiente ou não. Mas podemos dizer que para manipular um determinado objeto o Espírito necessita envolvê-lo em meio a esses fluidos, a forma como ele fará isso determinará a técnica usada.
Abaixo disponibilizamos uma palestra do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira sobre motilidade mitocondrial e o Ectoplasma
Abaixo disponibilizamos uma palestra do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira sobre motilidade mitocondrial e o Ectoplasma
O Fator Anímico
Uma pergunta natural que pode vir a surgir é: esses fenômenos são sempre devidos aos desencarnados ? A resposta é não. Excetuando as escritas diretas e os fenômenos de transporte, que são sempre provocados por Espíritos, os fenômenos de movimentação de objetos não necessariamente tem sua causa exclusivamente na ação dos desencarnados. O próprio médium pode ser o agente que movimenta os objetos, isso quando uma inteligência externa(Espírito desencarnado) não fica totalmente demonstrada. Mas em que casos é possível isso acontecer ?
Precisamos compreender que o Ectoplasma é uma substância extremamente sensível à ação psíquica, portanto se tivermos um médium com forte mediunidade capaz de provocar efeitos físicos, ou seja, apresenta uma liberação mais intensa desse fluido, ele pode vir a mover os objetos quando tiver um acesso de raiva, ou estiver com suas emoções descontroladas. Isso é fácil de entender quando percebemos que nós, encarnados, também somos Espíritos e também estamos envoltos nesses fluidos, podendo também manipulá-los, desde que as condições ideais para isso estejam presentes. Um exemplo de como isso é possível quem nos deu foi a paranormal russa Nina Kulagina, ela era capaz de provocar, pela força da sua vontade e com muito esforço a movimentação de objetos sem tocá-los.
Nina também era clarividente, conseguia enxergar, também com esforço, sem o auxílio dos olhos físicos.
Há muito mais a ser dito sobre os fenômenos de efeitos físicos envolvendo movimentação de objetos, porém o espaço é curto. No próximos posts falaremos sobre outros fenômenos de efeitos físicos. Até lá !
Nenhum comentário:
Postar um comentário