"As faculdades medianímicas podem ser idênticas em pessoas diversas, entretanto, cada pessoa tem a sua maneira particular de empregá-la. Um modelo (...) é o mesmo para uma grande assembléia de pintores, todavia, cada artista fixa-la-á na tela a seu modo."
(André Luiz - Livro: Nos Domínios da Mediunidade - página 109)
Antes de iniciarmos e darmos sequência aos estudos sobre os fenômenos, convidamos os leitores a uma leitura completa do material e as reflexões, pois podemos ver a faculdade mediúnica sendo expressa nas religiões como um todo, tal fato não ocorrendo apenas no Espiritismo, como alguns podem vir a crer. .Esperamos que gostem!
A vidência é uma faculdade anímica que possibilita ver os
espíritos, bem como outras sutilizas da realidade espiritual tais como as energias em seus mais variados estados, intensidade luminosa e tonalidades diversas. Temos em "O Livro dos médiuns" a informação de que há os que gozam desta faculdade no
estado normal, quando despertos, e os que não a têm senão no estado sonambúlico
ou próximo do sonambulismo.
Assim, são médiuns videntes aqueles dotados da chamada dupla
vista e que fazem o intermédio com os Espíritos fazendo uso dessa faculdade. Ainda no tocante à mediunidade, não estão excluídos os que conseguem ver
espíritos através de sonhos, porém, não são estes considerados médiuns
videntes.
A percepção não se dá pelo órgão ocular, quem vê na
realidade é a alma(daí ser considerada uma faculdade anímica e não mediúnica em sua definição), razão pela qual podem ver de olhos fechados ou abertos, ou
até mesmo estar presente em médiuns cegos.
A diferença entre ambos é que médiuns sonâmbulos encontram-se em estado alterado de consciência disparado pelo sono. E pode haver médiuns videntes que não precisam estar em estado alterado de consciência. É importante aqui que para ser considerado médium, um sonâmbulo deve intermediar o contato com os Espíritos. Em ambos os casos quando apresenta-se a vidência é o Espírito, a Alma quem vê, haja vista alguns sonâmbulos realizarem atividades complexas, porém estando de olhos fechados.
O leitor pode vir a se questionar o que ocorre então no caso
dos desdobramentos ou saídas do corpo, também chamadas de viagem astral.
Neste caso o desdobramento deixa de limitar as percepções
corpóreas, impostas pelo corpo através dos sentidos do envoltório. Assim, como o
sonâmbulo, mais desprendido está e pode igualmente perceber e ver o ambiente
que lhe cerca. Haja vista os casos de pessoas que, mesmo cegas, ao saírem dos seus corpos passam pela experiência mais importante desta vida, a possibilidade de ver ! Abaixo colocamos o famoso caso Vicky que ilustra o que estamos dizendo.
Percebemos claramente que a mediunidade é de certa feita uma
faculdade que permite ao ser humano perceber os espíritos, assim como se
comunicar ou apreender observações sem haver a limitação imposta pelo corpo.
Na vidência o médium é passivo, o que fala ou vê não vem de
si, assim é que faz o intermédio com um espírito.
“A lucidez sonambúlica é uma faculdade que se prende ao
organismo e que é totalmente independente da elevação, do adiantamento e mesmo
do estado moral do indivíduo. Um sonâmbulo pode pois, ser muito lúcido e ser
incapaz de resolver certas questões, se seu espírito é pouco avançado.Aquele
que fala por si mesmo pode, pois, dizer coisas boas ou más, justas ou falsas,
segundo o grau de elevação ou de inferioridade do seu próprio espírito” – Livro
dos Médiuns.
No site espirito.org temos as seguintes elucidações sobre possíveis associações errôneas entre as faculdades. Mais uma vez podemos observar que a mediunidade é um todo, mas este todo se subdivide em partes ou melhor, pode se apresentar em partes em cada médium, fazendo-nos crer que são distintas. É válido observarmos que não são distintas sempre, há variações, principalmente se pensarmos em questões que envolvem a psicometria e a clarividência por exemplo. Lembremos que existem as graduações, o que facilita o estudo e essas graduações aproximam os fenômenos e os tipos de mediunidade que estudamos na doutrina.
Definição e Fenômenos de Clarividência
O termo clarividência surge pela primeira vez com seu sentido próprio na parte de "O Livro dos Espíritos" que trata da emancipação da alma. Na questão 402, Kardec trata de uma "espécie de clarividência" que acontece durante os sonhos, onde a alma tem a faculdade de perceber eventos que acontecem em outros lugares. Neste ponto, portanto, ele emprega o termo como uma faculdade de ver à distância sem o emprego dos olhos. Os sonâmbulos seriam capazes deste fenômeno devido à faculdade de afastamento da alma de seu respectivo corpo seguida da possibilidade de locomoção da mesma. (q. 432)
Pouco depois, na questão 428, ele indaga aos espíritos sobre a "clarividência sonambúlica". Ele certamente se refere à faculdade já bastante descrita na literatura que trata do sonambulismo magnético, que, na questão 426, os espíritos consideraram equivalente ao sonambulismo natural, com a diferença de ter sido provocado. Os espíritos lhe respondem que as duas faculdades possuem uma mesma causa: a percepção visual é realizada diretamente pela alma do clarividente. Logo abaixo, colocamos uma experiência efetuada pelo Dr. Paul Gibier sobre clarividência sonambúlica:
Em Análise das Coisas, Capítulo IV, nos reporta duas de suas experiências, realizadas com pessoas diferentes:
“O indivíduo (sujet) era uma moça de seus vinte anos, de origem judaica. Desde que adormeceu, e num estado intermediário de abmaterialização(estar fora do corpo), que não era letargia, nem sonambulismo, nem ainda o êxtase falante, porém antes o que os magnetizadores de profissão denominam sonambulismo lúcido, coloquei um rolo de algodão sobre cada um de seus olhos, mais uma toalha espessa e larga ou um pano atado por detrás da nuca. À primeira vez que tentei a experiência de que vou falar, fiquei muito admirado do êxito; devo dizer que, então, eu ainda não tinha a experiência que me deram, posteriormente, séries de observações e, devo acrescentá-lo também, estudos sérios e contínuos sobre a questão. Tomei, à minha biblioteca, o primeiro livro que me caiu nas mãos, abri-o ao acaso, por sobre a cabeça da moça, sem olhar, com a capa voltada para cima, enquanto segurava o texto impresso a dois centímetros mais ou menos dos cabelos da hipnomagnetizada. Ordenei-lhe ler a primeira linha da página que estava à sua esquerda e, após um momento de demora, disse ela: “Ah! sim, estou vendo; esperai”. Depois continuou: “A identidade conduz ainda à unidade, porque se a alma...” Deteve-se e disse ainda: “Não posso mais, basta; isto me fatiga.” Acedi ao seu desejo, sem insistir; virei o livro, que era de filosofia, e a primeira linha, exceto duas palavras, tinha perfeitamente sido vista e lida pelo invisível abmaterializado da adormecida."
A segunda:
"Recentemente, em New York, numa primeira sessão de hipnose, pude obter de um moço, cujas pálpebras estavam fechadas sobre os globos oculares fixos, por contração dos músculos motores dos olhos, para cima e para dentro, como sempre, pude obter que ele me dissesse a cor de dois objetos, duas folhas de papel colocadas na parte superior da sua cabeça. Uma dessas folhas era branca, a outra azul. O indivíduo estava de costas para a minha secretária, de cuja gaveta eu tirava esses objetos sem fazê-los passar por diante do seu rosto. Na segunda sessão, coloquei meu relógio igualmente sobre a parte superior da sua cabeça. Depois de alguns segundos de hesitação, disse-me ele a hora exata. Conhecendo a faculdade que têm os hipnotizados de possuir, em geral, a noção do tempo, eu tinha recuado o ponteiro de vinte minutos. Ao fim de alguns dias, esse moço lia do mesmo modo que a senhora, cuja observação já citei antes. Essas experiências começam a revelar-nos fatos mais importantes: provam, pelo menos, que a sensação é independente do sentido especial por meio do qual ela é normalmente transmitida: o nihil in intellectu quod non prius fuerit in sensu, de Zenon (de Citium) de Aristóteles, já pode ser discutido sobre outras bases."
Logo a seguir, Kardec pergunta sobre os outros fenômenos da clarividência sonambúlica (q. 429) como a visão através dos corpos opacos e a transposição dos sentidos. Os espíritos reafirmam que os clarividentes vêem afastados de seus corpos, e que a impressão que afirmam de estarem "vendo" por alguma parte do corpo, reside na crença que possuem que precisam deste para perceberem os objetos. A existência da faculdade sonambúlica não assegura a veracidade de todas as informações obtidas neste estado, com o que concordam os espíritos (q. 430).
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Dando continuidade à linha de indagações sobre o sonambulismo, Kardec pergunta de onde se originam os conhecimentos apresentados pelos sonâmbulos que eles não possuem em estado de vigília e que não se explicam diretamente pela percepção sonambúlica. Os espíritos argumentam que em estado de emancipação, os sonâmbulos podem acessar conhecimentos que lhes são próprios, originários de existências anteriores, ou de outros espíritos com quem comunicam-se (q. 431). Faz sentido, então, questionar se todos os sonâmbulos são médiuns sonambúlicos, distinção esta que Kardec aprofundará em "O Livro dos Médiuns". Ainda em "O Livro dos Espíritos", afirma-se que a maioria dos sonâmbulos vê os espíritos, mas que muitos deles podem crer que se trate de pessoas encarnadas, por lhes ser estranha a ideia de seres espirituais.
Êxtase e Clarividência
Kardec distingue os fenômenos sonambúlicos do êxtase e da dupla vista. O êxtase seria um sonambulismo profundo. Neste estado ocorreria o contato com espíritos etéreos, o que causa as impressões geralmente registradas pelos santos. Na questão 455 encontra-se a seguinte descrição:
"Cerca-o então resplendente e desusado fulgor, inebriam-no harmonias que na Terra se desconhecem, indefinível bem-estar o invade: goza antecipadamente da beatitude celeste e bem se pode dizer que pousa um pé no limiar da eternidade. No estado de êxtase, o aniquilamento do corpo é quase completo.
Fica-lhe somente, pode-se dizer, a vida orgânica. Sente-se que a alma se lhe acha presa unicamente por um fio, que mais um pequenino esforço quebraria sem remissão. Nesse estado, desaparecem todos os pensamentos terrestres, cedendo lugar ao sentimento apurado, que constitui a essência mesma do nosso ser imaterial "
Kardec, entretanto, admite que muitas vezes o extático é vítima da sua própria excitação, fazendo descrições pouco exatas e pouco verossímeis, podendo chegar a ser dominados por espíritos inferiores que se aproveitam da sua condição.
Êxtase, portanto, é um estado sonambúlico profundo caracterizado pela perda ou extrema redução da consciência dos eventos que acontecem ao redor do extático, alterações emocionais e um certo sentimento de "sagrado", onde o mecanismo básico é a emancipação da alma(desdobramento, experiência fora do corpo).
Lucidez e Clarividência
No livro "Definições Espíritas", Kardec define a clarividência como a "faculdade de ver sem o concurso da visão" e logo depois como "percepção sem o concurso dos sentidos". Posteriormente Kardec distingue clarividência de lucidez, da seguinte forma:
"A palavra clarividência é mais genérica; lucidez se diz mais particularmente da clarividência sonambúlica." (KARDEC, 1997. p. 85)
Dupla Vista e Clarividência
A dupla vista, ao contrário, seria a faculdade de perceber pelos olhos da alma, sem que para tal, seja necessário o estado sonambúlico, em outros termos, sem que o percipiente entre em transe profundo.
A dupla vista seria uma faculdade permanente das pessoas que a possuem, embora não estejam continuamente em exercício da mesma. (q. 448) É uma faculdade que se manifesta de forma espontânea, embora a vontade de quem a possui tenha um papel em seu mecanismo e possa desenvolver-se com o exercício. Da mesma forma que a mediunidade, há organismos que são refratários a esta faculdade, e a hereditariedade parece desempenhar algum papel na transmissão da mesma. Kardec fez uma descrição das alterações psicofísicas que o portador da dupla vista ou segunda vista costuma apresentar (q. 455):
"No momento em que o fenômeno da segunda vista se produz, o estado físico do indivíduo se acha sensivelmente modificado. O olhar apresenta alguma coisa de vago. Ele olha sem ver. Toda a sua fisionomia reflete uma como exaltação. Nota-se que os órgãos visuais se conservam alheios ao fenômeno, pelo fato de a visão persistir, mau grado à oclusão dos olhos. Aos dotados desta faculdade ela se afigura tão natural, como a que todos temos de ver. Consideram-na um atributo de seus próprios seres, que em nada lhes parecem excepcionais. De ordinário, o esquecimento se segue a essa lucidez passageira, cuja lembrança, tornando-se cada vez mais vaga, acaba por desaparecer, como a de um sonho. O poder da vista dupla varia, indo desde a sensação confusa até a percepção clara e nítida das coisas presentes ou ausentes."
Kardec, em suas "Obras Póstumas" (1978, p. 101) faz uma afirmação preciosa para a distinção entre dupla vista e clarividência, que consideramos por bem transcrever:
"No sonamabulismo, a clarividência deriva da mesma causa; a diferença está em que, nesse estado, ela é isolada, independe da vista corporal, ao passo que é simultânea nos que dessa faculdade são dotados em estado de vigília."
É importante frisar que em Kardec o sonambulismo natural, o sonambulismo provocado ou magnético, o êxtase e a dupla vista são faculdades que possuem o mesmo mecanismo: a emancipação da alma(afastamento temporário do corpo). A clarividência seria um fenômeno passível de ocorrer nos dois primeiros estados. Embora a clarividência seja um fenômeno predominantemente anímico, há a possibilidade de ocorrerem percepções do mundo dos espíritos, ou seja, de sua associação com faculdades mediúnicas. Para evitar confusão, consideramos adequado o emprego do termo clarividência mediúnica.
Somamos as explicações anteriores e suas devidas diferenças, seguimos com outro quadro, a clarividência e o tempo passado,presente e futuro.O texto abaixo foi retirado do site vivenciaisespiritualismo.net:
Na clarividência a consciência do médium, como se fosse uma antena especial, vide na figura representação da antena, detecta radiações eterizadas. Nessa sintonia o médium identifica esses sinais, os traduz, e transfere ao Físico as impressões registradas. Nesse tipo de clarividência a consciência e o corpo Astral não se ausentam do corpo Físico. O médium continua mantendo seu estado de consciência física. Acordado. Mesmo inteiramente desperto tem as visões.
Clarividência no Tempo - Como existem diferentes estados vibratórios formando diferentes planos de existência, dependendo da capacidade clarividente do médium ele poderá ter visões além do plano Físico, do Astral e de outros além. Relacionados não só ao momento presente, como também ao passado e ao futuro.
Na figura 50D mostramos os três aspectos temporal de uma clarividência. Isto é, concomitante a cada plano mais elevado que o médium puder atingir, também estará dilatando sua capacidade de ver no tempo. O Físico será visto em acontecimentos do momento presente, ou de um passado recente, ou futuro bem próximo.
Algumas Considerações sobre o Tema - Reflexão Oportuna:
O emprego da clarividência é de conhecimento de todos, porém está mais difundido nas consultas de cartomancias e demais práticas, que são alheias ao Espiritismo e a doutrina. O próprio objeto já os diferencia, pois que na cartomancia e consultas de outras espécies temos como fator motivador é a curiosidade e também o fato de questionar espíritos sobre condutas,das mais variadas. Desnecessário lembrar que muitos são os que afirmam serem dotados desta faculdade, no entanto, lembremos que são muitas vezes objetos de fraudes que visam ganho fácil conquistados pela credulidade dos consulentes.
A mediunidade deve ter como base muito mais que consultas, além de necessária gratuidade. Somos nós os responsáveis por nossos atos, o qual chamamos de livre arbítrio.Para uma tomada de decisão melhor é nos apoiarmos no raciocínio lógico, na averiguação dos fatos que nos cercam, buscando avaliar as consequências de importantes decisões.
A Clarividência na História
Há muitos livros que tratam do assunto, e podemos observar a faculdade mediúnica na própria Bíblia, mormente nas visões dos profetas e de Jesus.
Para falarmos um pouco da história, utilizamos o livro "Estranho Mundo dos Profetas", de Gérard de Séde, Editora Hemus.O livro tem um total de 192 páginas, assim apenas mencionaremos os fatos e sua época, podendo o leitor acessar as partes postadas através de pesquisas na internet.
O profetismo ocupava uma posição de destaque em todas as civilizações da Antiguidade, não apenas em Roma e Grécia, mas também nas civilizações semíticas e nas dos povos considerados bárbaros e não apenas no plano religioso como igualmente no político.Os profetas eram considerados porta vozes das mensagens divinas.
Os romanos adquiriram dos etruscos, seus predecessores, as primeiras técnicas divinatórias.Os diferentes presságios eram interpretados, em parte, conforme a tradição oral e em outra por meio de livros ou até mesmo compêndios ao longo da História.
Temos alguns fatos históricos como na França do século XVIII com os profetas huguenotes das Cevenas chamados de "Loucos de Deus"; profetizas de Delfos e Dodona na Grécia, visões que anunciaram a Júlio César seu assassinato..podemos incluir a estrela de Belém que anunciou o nascimento de Cristo.
Famosas passagens bíblicas dos profetas de Israel no Antigo Testamento, profetas celtas e escandinavos, o druida Cathbad, o profeta celta Merlim, o Mago ou ainda São Malaquias, católico, da Irlanda.
Outro notável foi Nostradamus e ainda observamos também nos estudos da Cabala nascida em meados do século XII, esta para os cabalistas os autores foram inspirados diretamente pelo profeta Elias.
Reflexão do Tema e as Religiões: Espiritismo que as criou?!
Em todas as religiões observamos a presença dos denominados profetas, por isso é até curioso que algumas religiões aceitem apenas as suas particularidades como santas e dignas de nota.E as vemos incluindo nas aparições.
Ora, se há aparições, se há profetas e sempre houve, se há esta comunicação em todos os credos, curioso vermos que a doutrina muitas vezes é tida como aquela que as criou, sendo até mesmo julgada como nefasta ou herege.
A própria Igreja Católica Apostólica Romana tem um museu próprio no qual há o registro de variados fenômenos físicos.O Museu das Almas do Purgatório foi criado pela Igreja no começo do século passado pelo padre Victory Jouet, que pertencia à Ordem do Sagrado Coração de Jesus, fundada em 1854 pelo padre Chevalier, com a finalidade de proferir missa e orações em sufrágio das almas em sofrimento. Esta organização se desenvolveu em Roma a partir do trabalho de Jouet que se transformou numa das maiores personalidades de sua época. Foi procurador de Roma, amigo pessoal e de extrema confiança do Papa Pio X.
Imagens do Museu das Almas do Purgatório |
I
Com o tempo, o acervo neste sentido foi se ampliando, com peças vindas de outras igrejas. As relíquias são imagens surpreendentes que revelam que as comunicações espirituais na Igreja são evidentes e acontecem em muitas épocas. Diversos padres não só admitem a comunicabilidade com os espíritos, como também escreveram livros e fazem conferências sobre o assunto.
*Reportagem do Fantástico sobre o Museu, logo abaixo*
O Grande Mestre da Ciência da Alma, Ernesto Bozzano, já em sua época falou da existência desse museu no livro "Marcas e impressões supranormais de mãos de fogo", onde diz o seguinte:
CASO II - Este outro caso, que extraio da monografia do Sr. Zingaropoli, da qual fiz alusão (Luce e Ombra, 1910, págs. 46-47) refere-se a impressões de mãos de fogo que estão guardadas ainda no convento das religiosas de Santa Clara, de Todi, na Úmbria.Escreve o Sr. Zingaropoli:
"O Padre V. Jouet, Missionário Apostólico, fundou em Roma (Lungo-Tevere Pratt 12) um museu de coisas de além-túmulo. Apresenta aos seus visitantes preciosos objetos e documentos relativos a diferentes manifestações de mortos. Possui centenas de gravuras de épocas diversas, quadros e livros antigos. A parte, porém, mais curiosa da coleção em questão consiste nas fotografias de impressões de mãos de fogo, coleção que, diz ele, aumenta cada dia. Várias dessas figuras, acompanhadas de artigos destinados a ilustrá-las, são reproduzidas na revista mensal "O purgatório visitado pela caridade dos fiéis".
O número de abril de 1908, pág. 114, trata das famosas impressões de mãos de fogo que estão guardadas no convento da Santa Clara, de Todi. A protagonista do memorável fato foi Clara Teresa Fornari, nascida em Roma, a 25 de junho de 1637, abadessa do convento de Santa Clara, de Todi, morta em 1744, com cheiro de santidade. O processo de beatificação se acha em andamento; ela já é "venerável".
A reverenda Madre Clara Isabel Patrizi, atual abadessa do convento, depois de ter admirado algumas fotografias reproduzidas em nossa revista, permitiu-nos amavelmente fotografar, pela primeira vez, depois de 170 anos de existência, esses documentos de tão alto interesse para o nosso "Museu de além-túmulo" e para nossa associação pia.
A tábua de madeira, na qual o defunto deixou a marca de fogo de sua mão esquerda e traçou, com o polegar da mão direita, uma cruz de fogo, servia à venerável irmã Clara Isabel para a preparação das imagens em cera do Menino Jesus. A folha de papel, com a impressão de fogo da mão esquerda do morto, está encerrada entre duas placas de cristal. Fotografamo-la dos dois lados. A manga da túnica assim como a manga da camisa com a marca em fogo da mão direta foram fotografadas de um só lado.
O relatório, abaixo reproduzido, todo escrito pelo confessor Padre Isidoro Gazale, abade do Santíssimo Crucifixo, bem no dia do próprio acontecimento, foi transcrito das duas páginas do registro em que são narrados os "milagres" da venerável.
Fotografamos, numa chapa única, esta cópia que está presentemente guardada no convento de Todi."
Assinado: V. Jouet, Missionário Apostólico, cônego honorário de Marselha.
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