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domingo, 25 de maio de 2014

O Cérebro e a Consciência: O Tendão de Aquiles do Materialismo


"Aqueles que insistem que não há provas que sugerem a expansão da consciência, apesar da enorme evidência do contrário, são deliberadamente ignorantes. Eles acham que conhecem a verdade sem precisar examinar os fatos"
 Eben Alexander III - Neurocientista de Harvard

"Se você deseja ser um genuíno buscador da verdade, é necessário que, pelo menos uma vez na vida, duvide, tanto quanto possível, de todas as coisas" 
 René Descartes, Filósofo e Matemático francês


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"O cenário está limpo. Mefistófoles, disfarçado em Materialismo, foi varrido para o monte de lixo" 

H.Dennis Bradley

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Olá amigos do Blog Luzes do Bem ! Esse post não foi iniciado hoje. Explico: Há mais ou menos dois anos, realizando pesquisas na Internet sobre a questão da consciência e o cérebro, me deparei com um post em um blog , voltado à divulgação científica, cujo título era: "O curioso caso de Phineas Gage". Lá, seu autor expõe um caso clássico da Neurociência, no qual é relatado que Phineas Gage (1823-1860), um operário americano que, num acidente com explosivos, teve seu cérebro perfurado por uma barra de metal e apesar da gravidade do acidente sobreviveu; porém após o ocorrido, Phineas, que aparentemente não tinha sequelas, apresentou uma mudança acentuada de comportamento, sendo objeto para estudos de caso muito conhecidos entre neurocientistas. 
Phineas P. Gage
O autor do blog, em sua retórica materialista, soltou a seguinte pérola:

"Phineas Gage foi emblemático para a ciência porque com ele a velha separação “corpo e alma” tal qual descrita por Descartes começava a ruir. O que nos torna o que somos parece não flutuar no ar. Pode ser destruído junto com nossos lobos frontais."

O que é interessante é que para um blog que objetiva ser divulgador do conhecimento científico, citar o caso Phineas Gage como emblemático para a ciência por supostamente provar o dogma materialista que diz ser a consciência produto do cérebro é no mínimo tendencioso, uma vez que não existe nenhum trabalho científico que prove isso como hipótese de trabalho. 

O problema da consciência visa responder às seguintes questões:


  1. Como a consciência surge no cérebro humano ?
  2. Como ela está relacionada ao comportamento ?
  3. Como o mundo percebido pelos nossos sentidos se relaciona com o mundo real ?
O problema é, para alguns pensadores, tão difícil de resolver que dizem a resposta se encontrar fora da "ciência". No entanto, para a humanidade, há duas opiniões dicotômicas que resumem as crenças humanas:

  1. Materialista: A consciência é um subproduto do cérebro. Destruído o cérebro, destruída a consciência.                                                                                                                                                                                                                                                                   
  2. Espiritualista: A consciência é uma faculdade do Espírito(Mente), possui uma ligação muito íntima com o cérebro, porém é independente dele, sobrevivendo, portanto, à morte do corpo. 

As duas opiniões já foram tratadas por diferentes sistemas filosóficos. Fato é que, provando uma, a outra é imediatamente refutada, sem uma terceira hipótese intermediária. É exatamente por isso que vemos inúmeras disputas entre Ateus e Religiosos das mais diversas denominações. O interessante aqui é que o Materialismo, assim como as inúmeras religiões, também tem seus dogmas(chamado de uma forma mais bonita: conjectura), sendo o mais notório o apresentado na proposição acima. A História, ao longo dos anos, sempre nos mostrou a queda dos dogmas. Sim, eles podem demorar algumas centenas de anos, mas caem com o avanço do conhecimento humano. O dogma materialista do cérebro gerador da consciência, naturalmente, terá o mesmo curso. O início efetivo da queda do Materialismo, poderíamos aqui dizer, teve início com as pesquisas dos eminentes sábios que se ocuparam do Espiritismo no século XIX, nomes como Robert Hare,Allan Kardec, William Crookes, Alfred Russel Wallace(que propôs a Teoria da Evolução ao mesmo tempo que Darwin), Gustave Geley e os inúmeros cientistas atuais que se ocupam do tema como Amit Goswami e Rupert Scheldrack.

Costumo dizer que Deus é humorista, e como todo bom humorista, gosta de pregar peças nos mais incautos. E a piada da vez foi exatamente com o "Curioso Caso de Phineas Gage". Domingo passado, no programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, foi exibido um caso, que poderia muito bem ser chamado de "O Curioso caso de Eduardo Leite", que há 2 anos teve a cabeça perfurada por um vergalhão(ver vídeo ao lado). O que acontece é que Eduardo nem mesmo chegou inconsciente ao hospital quando tinha o vergalhão enfiado na cabeça. Eduardo perdeu 11% do cérebro no acidente, exatamente na área frontal, a dita ser a responsável pelo comportamento e, para o espanto geral, não mudou absolutamente nada, nem mesmo o seu comportamento nesse espaço de 2 anos. E mais, no intervalo de tempo do acidente para hoje, teve uma filha. Resultado, Eduardo agora causa perplexidade naqueles que acham ser a consciência produto do cérebro. Para assistir à reportagem completa acesse o link abaixo, que irá redirecioná-lo para o site do fantástico:


Ernesto Bozzano


Assim como na Natureza nenhum fenômeno ocorre apenas uma vez, o caso de Eduardo Leite, embora alardeado como espetacular - e não deixa de sê-lo - não foi o único. Ernesto Bozzano, em um artigo com o título "Cérebro e Pensamento", escrito em 1929 , disserta sobre esse tema e expõe relatos de médicos legistas que, ao analisar cadáveres e abrir o crânio de algumas pessoas já falecidas, se deparavam com um cérebro parcial ou totalmente deformado, a ponto de encontrar, no lugar do cérebro, apenas uma papa de pus. Com um detalhe bem importante: essas pessoas conservaram, assim como Eduardo com menos 11% do seu cérebro, a consciência e a inteligência intactas até o momento da morte, apesar de terem seus cérebros destruído por completo ou em parte. No artigo citado anteriormente, Bozzano, de maneira lúcida, nos diz acerca desses casos:

"Concebe-se que estas extraordinárias exceções não invalidam a regra geral, ou seja, que não contradizem de modo algum a afirmação de que o cérebro é necessário ao espírito em suas relações com o meio terrestre; mas também é certo que se torna essencial esclarecê-las imediatamente.

Observe que isto se consegue facilmente se admite o princípio da existência de uma alma independente do corpo, mas que não se alcança absolutamente se se acredita que o pensamento é uma função do cérebro"

Como um exemplo para ilustrar que o que ocorreu com Eduardo não é um fato isolado, reproduzimos, logo abaixo, um trecho do artigo citado.Para maiores informações  e casos consultar o artigo na íntegra aqui.

"Eis um exemplo, observado pelo Dr. R. Robinson e exposto pelo professor Edmundo Perrier na Academia de Ciências, de Paris:

Trata-se de um indivíduo de 62 anos que, em conseqüência de uma ligeira ferida na região occipital, apresentou algumas perturbações visuais que chamaram a atenção; sem dúvida, não se produziu nenhum sintoma alarmante, nem paralisia nem convulsões. Os demais sentidos permaneceram em estado normal.

Ao fim de um ano, o enfermo faleceu bruscamente de um ataque de epileptiforme. Durante a autópsia, o Dr. Robinson comprovou que o cérebro deste homem tinha a forma de uma casca bem delgada que, ao ser cortada, deixou vazar uma enorme quantidade de pus.

Como é possível que uma destruição tão completa do órgão cerebral não haja produzido nenhum sintoma grave e característico? O que faz, ante um fato dessa índole, a doutrina das "localizações", que atribui às distintas regiões ou zonas do cérebro funções bem determinadas? 

O Dr. Robinson, apoiando-se neste caso singular e nos sábios estudos dos doutores Van Gehuchten e Pedro Marie, chega à conclusão de que esta teoria deve ser revisada. (Annales des Sciences Pychiques, 1914, pág. 29.)"


Naturalmente, uma hipótese materialista deveria surgir para a explicação desse caso. Foi a dita por um dos entrevistados na reportagem do Fantástico, cujo link encontra-se acima. Trata-se da hipótese de que as partes restantes do cérebro substituíram a função que antes era atribuída a parte que foi destruída, exposta nessa frase do neurocientista Guilherme Rabello:

“A gente vai ter uma explicação, exatamente do que aconteceu com o Eduardo e por que ele está tão bem. Como que o cérebro dele compensou esse trauma que ele teve

Como afirmar que o cérebro dele compensou o trauma se nem mesmo se sabe o que houve com Eduardo ? Como afirmar que houve uma compensação do cérebro, se nem mesmo, conforme a frase dita acima, se sabe como isso se deu ?

Com relação à hipótese formulada acima nos diz Bozzano, ainda no mesmo artigo:


"Não ignoramos que os partidários da fórmula de que "o pensamento é uma função do cérebro" têm tentado explicar os casos de que acabamos de ocupar supondo que, nessas circunstâncias, os lóbulos cerebrais que ficam intactos substituíram os que foram destruídos. Mas esta hipótese não é apenas gratuita; contradiz ela a doutrina das localizações e a do "paralelismo psico-fisiológico" e mais, encontra um obstáculo insuperável na circunstância de que são exemplos conhecidos os casos em que o órgão cerebral foi encontrado em autópsias totalmente destruída por um tumor, enquanto o enfermo conservou até o último momento o uso de suas faculdades intelectuais"

Na palestra abaixo, o neurocientista Dr. Sérgio Felipe de Oliveira na brilhante palestra "Bases da Integração Cérebro-Mente", nos fala sobre o tema que estamos dissertando nesse post. Entre as analogias que faz na palestra, destaco a analogia entre o Número Imaginário da Matemática e o Espírito e entre o programa computacional e o Espírito, muito bem formulada.




Na nossa sociedade, em sua maior parte composta por materialistas, sejam conscientes - aqueles que declaram abertamente que o são - e os inconscientes, muitos entre os quais religiosos - que afirmam ser espiritualistas, mas  que ao mesmo tempo dizem: "Para que vou fazer isso, se o futuro é a morte ?" ou "morreu, acabou, enterra" - a questão da mente é cegamente tratada como se a mesma fosse resultado de um fenômeno eletroquímico e ponto. Porém o "ponto" não é tão definitivo assim, reflitamos nas seguintes questões:

Ao considerarmos o dogma materialista como sendo verdadeiro, por hipótese, chegamos à algumas contradições. Considerando que, periodicamente, todas as trilhões de células do nosso corpo são renovadas, incluindo aí as células do nosso cérebro, os seguintes problemas se apresentam:


  1. Como pode ocorrer a permanência da personalidade, apesar da renovação perpétua das moléculas cerebrais ?
  2. O problema da memória: como pode, hoje e muitas vezes até a morte por velhice, termos vivas em nossa memória, eventos que ocorreram quando éramos crianças, por volta dos 10 anos de idade ou menos, se todas as células do nosso corpo são periodicamente renovadas ?
  3. O que dizer das desigualdades intelectuais consideráveis entre indivíduos nascidos dos mesmos pais ?
  4. E o caráter inato de certas faculdades ?
  5. E as diferenças radicais entre a herança física e a herança psíquica ?


A questão das Experiências Fora do Corpo

Os milhares de casos de experiência fora do corpo pesquisados, fora os milhões não pesquisados, abundantes na literatura nos levam a um link admirável com os casos de pessoas que, a despeito de ter seus cérebros total ou parcialmente destruídos -como mostrado acima- continuam com a consciência e o intelecto intactos. Essas pessoas, muitas vezes durante uma cirurgia de alto risco e num momento crítico da cirurgia, percebem-se fora dos seus corpos, pensando, racionando, altamente consciente. Seu EU encontra-se atrás do médico, assistindo a toda a cirurgia. Olham para aquele corpo inerte em cima da mesa de cirúrgica e pensam: "Nossa, estou fora do meu corpo!!" Que cenário interessante se apresenta diante de nós ! Temos uma pessoa pensando e tendo percepções sensoriais sem a ajuda do seu cérebro ! Após voltar ao corpo, agora com a perspectiva de estar novamente dentro dele, a pessoa conta ao médico que, abismado, confirma tudo que o paciente disse, embora, naquele momento estivesse impossibilitado, pelas vias corpóreas de dar todas aquelas descrições ! O vídeo abaixo apresenta o depoimento de uma pessoa que passou por essa experiência:



A questão dos Fenômenos Mediúnicos

São abundantes os casos de fenômenos mediúnicos onde informações são passadas e posteriormente confirmadas, sejam por vias psicográficas, sejam por vias psicofônicas. Informações tais que não vieram da mente do médium que as transmitiu, nem das pessoas presentes, por uma simples incompatibilidade intelectual ou mesmo pela ausência total daquela informação nos cérebros das pessoas presentes ou do médium. A questão que imediatamente nos vem a mente é: de onde vieram essas informações ? Certo é que vieram de mentes, e os fatos nos mostram que vieram de mentes de pessoas que já morreram, ou seja, de pessoas que não possuem mais seus cérebros, que há muito foram decompostos pela Natureza !! 

Ernesto Bozzano, no mesmo artigo citado, "Cérebro e Pensamento", chega a seguinte conclusão:

"Fica, pois, demonstrado que, em circunstâncias excepcionais, a inteligência pode permanecer intacta apesar da destruição do cérebro. A hipótese gratuita formulada pelos fisiólogos, segundo a qual os lóbulos cerebrais sobreviventes substituem os destruídos se destrói, assim, inexoravelmente. Por conseguinte, os casos deste tipo não são literalmente explicáveis por nenhuma hipótese fisiológica e arrastam para o imenso nada das teorias errôneas aquela que afirma que "o pensamento é uma função do cérebro". Por necessidade nos vemos obrigados a substituí-la pela teoria oposta, segundo a qual o órgão cerebral está invadido e dirigido em suas funções por algo qualitativamente distinto, onde reside a Consciência Individual. Em outros termos, tudo concorre para demonstrar a existência de um "cérebro etéreo"[ou perispirítico] imanente no cérebro físico e, assim, a existência de um "corpo etéreo"[perispírito] imanente ao corpo somático. O mesmo que afirmou o apóstolo Paulo, numa máxima digna do escultor há quase vinte séculos."


Uma homenagem à liberdade

Que possamos, cada um de nós, fazer uma revolução do renascimento em nós mesmos,  renascer e pensar por nossa própria conta, guardando, sempre, a razão e a lucidez necessárias para que possamos ser livre-pensadores. Afastemo-nos dos conceitos e dos pré-conceitos que escravizam a nossa mente e tiram nossa liberdade. Sejamos curiosos, raciocinemos por nossa conta, procuremos saber a origem das coisas, não aceitemos opiniões preconcebidas de nenhuma pseudo-autoridade, seja ela religiosa, filosófica ou científica, pois a História nos mostra muitas vezes a queda dessas supostas autoridades diante da Natureza. Quebremos paradigmas pois a Mente(Alma) Humana é ainda muito pouco compreendida, não obstante as inúmeras teorias especulativas da Psicologia ou da Filosofia sobre o assunto, muitas delas tomadas como verdades incontestes por algumas pessoas. Um abraço e até o próximo post !



Trecho da música abaixo - I did it my way(Eu fiz do meu jeito)



"I don't wanna do the things you say
I don't wanna play the game you play
I just wanna be myself and walk the road without pretending
I just wanna live my life, be true
So many things there are that I will do
When I'm looking back the road I did it my way"

Tradução

"Eu não quero fazer o que você diz
 Eu não quero jogar o jogo que você joga
 Eu apenas quero ser eu mesmo e seguir meu caminho sem fingir
 Eu apenas quero viver a minha vida, ser verdadeiro
 Há ainda tantas coias que eu farei
 Quando eu olhar para trás na estrada eu direi: Eu fiz do do meu jeito !"






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