Os efeitos benéficos da meditação em variados casos
comprovados pela ciência traz à tona a questão do tema em relação ao
Espiritismo.No Espiritismo temos a meditação como parte de um processo de reflexão íntima, diferente do conceito oriental de relaxamento e equilíbrio.
Em minha opinião a meditação não pode ser ignorada, como
comprovam os estudos abaixo.
Ressalto que a reflexão tem um papel relevante, sem dúvida, particularmente prefiro a reflexão por acreditar ser mais objetiva (parte-se de um determinado ponto) ao invés da meditação, porém penso que podem ambas serem utilizadas.
Os resultados mais impressionantes vêm dos estudos que se propõem a
investigar seus efeitos no cérebro. Um exemplo é o trabalho realizado na
Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado na revista
científica “NeuroImage”. Após compararem o cérebro de 22 meditadores com o de 22
pessoas que nunca meditaram, eles descobriram que os praticantes possuem
algumas estruturas cerebrais maiores do que as dos não praticantes.
Especificamente, hipocampo, tálamo e córtex orbitofrontal. As duas primeiras
estão envolvidas no processamento das emoções. E a terceira região, no
raciocínio. “Sabemos que as pessoas que meditam têm uma habilidade singular
para cultivar emoções positivas”, disse à ISTOÉ Eileen Luders, do Laboratório
de Neuroimagem da universidade. “As diferenças observadas na anatomia cerebral
desses indivíduos nos deram uma pista da razão desse fenômeno.”
Na publicação “Psychological Science”, há outro trabalho interessante.
Pesquisadores da Universidade George Mason constataram que a prática
proporciona uma melhora significativa na memória visual. Normalmente, uma
imagem é armazenada integralmente no cérebro por pouquíssimo tempo. Mas o
estudo verificou que monges, habituados a meditar todos os dias, conseguem
guardá-las – com riqueza de detalhes – até 30 minutos depois de praticar. “Isso
significa que a meditação melhora muito este tipo de memória, mesmo após um
certo período”, disse à ISTOÉ Maria Kozhenikov, autora do experimento. Essa
habilidade transforma a técnica em um potencial instrumento para complementar o
tratamento de doenças que prejudiquem a memória, como o mal de Alzheimer.
No Instituto do Cérebro do Hospital Albert
Einstein, aqui no Brasil, pela técnica de ressonância magnética foram
fotografados os cérebros de 100 voluntários, antes e depois de um retiro de uma
semana para práticas diárias. “Na análise de uma primeira amostra, observamos
que as áreas ligadas à atenção, como o córtex pré-frontal e o cíngulo anterior,
ficaram mais ativadas após o treinamento”, afirma a bióloga Elisa Kozasa,
responsável pela pesquisa.
A palavra meditação é vulgarmente entendida como a prática da reflexão
sobre questões relevantes na vida. Neste sentido, é comum na literatura
espírita o convite à meditação (reflexão) sobre nossas atitudes, sobre quem
somos, de onde viemos e para onde vamos. Na questão 919, de O Livro dos
Espíritos, Santo Agostinho nos convida a refletir diariamente sobre nossas
atitudes, na busca do auto-conhecimento e da perfeição moral.
À época de Kardec, a meditação, enquanto prática de
desenvolvimento mental pelos princípios da atenção plena, auxiliada por
uma série de técnicas geralmente advindas das culturas orientais, era pouco
conhecida no ocidente e estava no ciclo restrito das escolas esotéricas,
mesclada com seus princípios místicos. Devido ao caráter de clareza e
objetividade do Espiritismo, pelo fato da Doutrina encontrar-se em processo de
formação e ao caráter místico que ainda era atribuído a esta prática, não vamos
encontrar, nos primórdios da doutrina espírita, ênfase na prática da meditação,
mas sim na reflexão sobre questões existenciais ou ainda a “concentração” para
fins de prática e desenvolvimento mediúnicos.
No que se refere à concentração para a prática mediúnica, não está clara
a relação entre esta e a meditação. No capítulo XVII, de O Livro dos Médiuns,
que trata da formação dos médiuns, fala-se da postura do médium, a
evocação dos espíritos, a vontade como elemento fundamental, deixando clara a
importância do caráter magnético do fenômeno mediúnico, onde o espírito
comunicante estabelece uma relação fluídica com o médium. Não foi pesquisado,
por exemplo, como a prática da meditação, dentro dos princípios e finalidades
expostos na matéria, pode repercutir sobre a qualidade da prática mediúnica,
mas, a julgar pelos resultados apresentados na reportagem, resultados já
amplamente divulgados pela mídia, os efeitos só poderão ser positivos.
Nos dias atuais, assim como foi afirmado na matéria, a meditação não
precisa estar necessariamente vinculada a um aspecto místico ou esotérico. Além
disso, são comprovados cientificamente os resultados positivos da prática da
meditação. Despojada de seu caráter místico e comprovada cientificamente a sua
eficácia no equilíbrio das emoções e das faculdades psíquicas, não há nenhum
obstáculo ou incompatibilidade com o Espiritismo. Tudo o que serve para o
desenvolvimento do potencial humano e que esteja demonstrado pela ciência, deve
ser endossado pelo Espiritismo, conforme dizia o próprio Allan Kardec.
Já é comum em muitas obras espíritas atuais, em
seminários e congressos, referências às técnicas de meditação como um auxiliar
terapêutico e complementar nos tratamentos espirituais. – Fonte:espiritismo.net
Silenciar a mente não é tarefa fácil, porém, muito útil.
ResponderExcluirNa prática mediúnica é imprescindível, deixar nossa mente livre para comunicação do plano espiritual.
Quando meditamos melhoramos tb nossa respiração.
A pratica da meditação há muito deixou de ter uma feição mistica para ser uma aliada no bem estar do ser humano dentro de uma visão holística.
"A meditação é um dos meios de extrapolar os limites da mente linear e permite que a coerência de todas as coisas torne-se uma realidade experiencial." do livro: Mãos de Luz - Um Guia Para a Cura Através do Campo de Energia Humana, de Barbara Ann Brennan. Boa semana e muita tranquilidade!
ResponderExcluirAgradeço os comentários e concordo com ambos os depoimentos, os benefícios estão mais do que comprovados! Como bem mencionou a Lú, pode auxiliar na prática mediúnica. Façamos uso dos recursos que podem nos acrescentar e boa meditação! Quem desejar, o amigo Gabriel deixou uma indicação de leitura.
ResponderExcluirAbs, Flávia.