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quarta-feira, 5 de junho de 2013

A Neuroplasticidade



Neuroplasticidade - é a capacidade de moldar o cérebro (parte física) através do trabalho mental. Ao contrário do que se pensava, sabe-se hoje que o cérebro pode ter suas estruturas modificadas através da repetição de atividades. O cérebro também é capaz de se adaptar, crescer, regenerar; o que acontece é que as áreas mais utilizadas são fortalecidas. Como os músculos respondem aos exercícios físicos, o cérebro responde aos exercícios mentais.

O Dr. Nubor Orlando Facure diz que: “A neurofisiologia sugere que o pensamento é um processo contínuo que se expressa na atividade dos neurônios do cérebro. Nossas ideias nascem a partir de estímulos externos que atingem os órgãos dos sentidos, ou por mecanismos internos de percepção e memórias acumuladas no decorrer da vida”. E comenta que: “O neurônio foi identificado como célula fundamental a partir do momento que técnicas de coloração permitiram o reconhecimento da sua estrutura. Quando Camillo Golgi em 1873 usou uma tintura de prata para corar o cérebro, foi possível perceber que alguns neurônios se impregnavam com essa coloração revelando o corpo celular e seus prolongamentos, inaugurando, a partir daí, uma revolução extraordinária no conhecimento do cérebro”.

Comenta o Dr. Nubor Facure que, no final do século XIX, Franz Nissl conseguiu corar os neurônios com o violeta de cresil, descobrindo no citoplasma o amontoado de uma substância de aparência “tigroide” que ficou conhecida como “corpúsculos de Nissl”.

O Dr. Nubor Orlando Facure diz que André Luiz, no livro “Evolução em dois Mundos”, destacou a importância dos corpúsculos de Nissl, que têm uma estrutura membranosa denominada Retículo Endoplasmático Rugoso com a função de construir proteínas dentro dos neurônios. Algumas dessas proteínas farão parte das membranas celulares e outras participarão de enzimas que atuam na produção de neurotransmissores. André Luiz, no mesmo livro, diz que a mente, através destes corpúsculos chamados Nissl, fixa seus propósitos, transmitindo pelo pensamento as ideias que o Espírito projeta no cérebro. A partir das percepções dos sentidos, o Espírito renova suas ideias, projeta na rede de neurônios sua energia que resulta em pensamentos capazes de se adequarem no cérebro, produzindo nossos atos.

Daí a relevância de prestarmos maior atenção ao assunto, como podemos observar, visto que podemos mudar algumas realidades que atuam em nossas vidas.



O Dr. Sam Parnia diz que: “Cada neurônio é conectado a outras células através de mil a 10 mil contatos chamados sinopses. É aqui que a troca de informação ocorre entre as células do cérebro. Isso é incrível! Com cerca de 100 bilhões de células, cada uma com mil a 10 mil conexões com outras, o número total de permutações e combinações de conexões cerebrais, e, portanto, de atividade cerebral, é praticamente infinito! Todos os diferentes estados cerebrais, inclusive todas as nossas emoções, como o amor, o ódio e a raiva, bem como nossos pensamentos, ambições e até sentimentos religiosos são mediados por estas conexões, ou sinapses, que variam entre si e se tornam mais complexas se uma certa área do cérebro está sendo usada ou desenvolvida”.

Sabemos que os neurotransmissores realizam toda transmissão da informação entre os neurônios, estes estão em plena atividade, vão expandindo suas sinapses fixando o aprendizado que a experiência vai lhe fornecendo. Em cada sinapse se ajustam os canais de transporte químicos fundamentais à troca de informações entre os neurônios.

André Luiz no livro “Evolução Em Dois Mundos” diz que: “os neurônios edificam através de vias eletromagnéticas a comunicação  entre o governo espiritual e as províncias orgânicas. Em todos os ângulos do cérebro, esse microcosmo prodigioso, que são estas células especiais (neurônios), permanece sob o controle do Espírito, assimilando-lhe os desejos e executando-lhe as ordens no automatismo que a evolução lhe confere”.
 

Os pesquisadores Silvia Helena Cardoso, PhD, e Renato M.E. Sabbatini, PhD, dizem que: “Até há pouco tempo, os neurocientistas acreditavam que, uma vez completado seu desenvolvimento, o cérebro era incapaz de mudar, particularmente em relação às células nervosas, ou neurônios. Aceitava-se o dogma segundo o qual os neurônios não podiam se autorreproduzir ou sofrer mudanças significativas quanto às suas estruturas de conexão com os outros neurônios. As consequências práticas dessas crenças implicavam em que: a) as partes lesionadas do cérebro, tais como aquelas apresentadas por vítimas de tumores ou derrames, eram incapazes de crescer novamente e recuperar, pelo menos parcialmente, suas funções e b) a experiência e o aprendizado podem alterar a funcionalidade do cérebro, porém, não sua anatomia.

Parece que os neurocientistas estavam errados em ambos os casos. As pesquisas dos últimos 10 anos têm revelado um quadro inteiramente diferente. Em resposta aos jogos, estimulações e experiências, o cérebro exibe o crescimento de conexões neuronais. Embora os pioneiros da pesquisa em comportamento biológico, tais como Donald Hebb, do Canadá, e Jersy Konorski, da Polônia, acreditassem que a memória implicava em mudanças estruturais nos circuitos neurais, ainda não se dispunha de evidências experimentais que comprovassem essa noção.

Em experiências realizadas com ratos, a neuroanatomista americana Dra. Marian Diamond foi capaz de demonstrar que os animais que foram criados em um ambiente enriquecedor, uma gaiola cheia de brinquedos e dispositivos tais como bolas, rodas, escadas, rampas etc. desenvolviam um córtex cerebral significativamente mais espesso do que aqueles criados em um ambiente mais limitado, sem os brinquedos ou vivendo isolados. O aumento da espessura do córtex não era devido apenas a um maior número de células nervosas, mas havia também um aumento expressivo de ramificação de seus dentritos e das interconexões com outras células”.

Em 1958, o Espírito André Luiz, no livro “Evolução em Dois Mundos”, já dizia no capítulo chamado “FATOR DE FIXAÇÃO” que: “Os neurônios nascem e se renovam, milhões de vezes, no plano físico e no plano extrafísico, na estruturação de cérebros experimentais, com mais vivos e mais amplos ingredientes do corpo espiritual, quando em função nos tecidos físicos, até que ergam em unidades morfológicas definitivas do sistema nervoso. Demonstrando formação especialíssima, porquanto reproduz mais profundamente a tessitura das células psicossomáticas, o neurônio é toda uma usina microscópica, constituindo-se de um corpo celular com prolongamentos, apresentando no núcleo escassa cromatina e um nucléolo”.


Cada vez mais observamos a importância em refletir sobre tudo que nos cerca e como somos ou não afetados por nós mesmos ou outros, no modo como atuamos, interagimos, etc. Os estudos apontam para esta direção,  somos capazes de mudar nossos pensamentos, tendências e experiências para algo positivo e, melhor, viver esta realidade.

Outro exemplo: pessoas  otimistas e alegres apresentam  conexões cerebrais próprias para a alegria mais desenvolvidas. Pelo fato destas áreas cerebrais serem mais utilizadas, estão mais fortalecidas. Assim, são mais felizes as pessoas que tentam ver o lado positivo de cada situação. Mesmo que atualmente não aja assim, modificando a sua atitude poderá desenvolver estas áreas do cérebro. Como refere um artigo de Paula Maria Simões, na revista FOCUS 596/2011 “(…) os pensamentos e os sentimentos que ele [o cérebro] produz (…) podem alterar fisicamente a estrutura cerebral”.
  
A Neuroplasticidade ainda crecerá em termos de estudo e aplicação(por ser amplo), já sendo inclusive empregada em casos de esquizofrenia, transtornos obsessivos compulsivos, além de outras doenças mentais delimitantes. A aplicação é feita por exercícios de estímulos; quem desejar conhecer mais a respeito existe vasto material na internet a ser explorado, há abordagens tanto com contexto religioso quanto científico (com grande elo entre as partes). 

Fontes:oconsolador; zafu;

4 comentários:

  1. Muito intrigante esta explanação sobre um assunto que fascina a imaginação.

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  2. Olá amigos,agradeço! Ótima semana, abs

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  3. A ciência ainda tem muito para descobrir sobre nosso cerébro.
    Excelente matéria, Flavia.

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  4. Ola Lu, verdade, e estamos avançando cada vez mais neste sentido. Obrigada pelo comentário,bjs!

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