Post sugerido pela leitora Lúcia, com certeza um dos mais lindos do livro A Gênese , Capítulo II, encontramos uma linda explicação e lição sobre a Providência Divina!
Allan Kardec – A Gênese – capítulo II
Deus está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às menores coisas:
é nisto que consiste sua ação providencial.
"Como é que Deus, tão grande, tão poderoso, tão superior a tudo, pode
imiscuir-se em detalhes ínfimos, preocupar-se com os menores atos e com os
menores pensamentos de cada indivíduo? Essa é a pergunta que a si mesmo
faz o incrédulo, de onde ele conclui que ao admitir a existência de Deus, sua
ação não deve estender-se senão às leis gerais do universo; que o universo
funciona por toda a eternidade em virtude destas leis às quais cada criatura
está submetida em sua esfera de atividade, sem que seja necessário o
incessante concurso da Providência."
Como abordagem utilizo um texto sobre o capítulo da providência analisado,
para mais capítulos da Gênese é só acessar a Biblioteca Virtual do blog, boa
leitura!
“Providência é o que se faz dispondo as coisas para que se realizem objetivos de ordem e harmonia, visando o bem e a felicidade das criaturas. Deus, em relação às suas criaturas, é a própria Providência na sua mais alta expressão, infinitamente acima de todas as possibilidades humanas.
A Providência Divina manifesta-se em todas as coisas, está imanente no Universo e é exercida por leis admiráveis e sábias. Tudo foi disposto por Deus para o bem de seus filhos, desde as providências para a manutenção da vida orgânica e a sua transmissão, garantindo a perpetuação da espécie, até a concessão da faculdade superior do livre-arbítrio, que proporciona ao homem o mérito da conquista consciente da felicidade, pela prática voluntária do bem e a livre busca da verdade.
Deus imprimiu-lhes na consciência as leis morais de trabalho, reprodução, conservação e destruição; não abusiva, mas equilibrada. Assim como a lei de sociedade, obedecendo à qual devem organizar-se em famílias ou em amplas comunidades sociais, onde cumprirão deveres, ligados àquelas leis morais e ainda às de progresso, igualdade e liberdade, em seu justo e mais elevado sentido e, sobretudo, à lei de justiça, do amor e da caridade.
Deus, então, propicia assim, ao homem construir a própria felicidade pela livre observância dessas leis e o cumprimento dos deveres e ele só é infeliz quando os descumpre ou com elas se desarmoniza. O homem faz tudo o que deseja, utilizando-se do livre-arbítrio que a Divina Providência lhe proporciona para construir ativa e meritoriamente o seu destino; mas é também responsável pelos atos praticados, devendo arcar com todas as conseqüências deles decorrentes, sejam estas felizes ou infelizes.
Parece então, que a Providência Divina e o livre-arbítrio humano se opõem. Mas não! Deus concede o livre-arbítrio ao homem para que ele acrescente à sua felicidade o mérito da iniciativa e da espontaneidade, no trabalho, na busca do próprio bem, na livre escolha do caminho reto para o conseguir.
Deus realmente tudo provê, mas não quer a sua criatura inativa, recebendo passivamente a graça divina e sim, que a busque por si mesma, conquistando através de esforços redobrados a felicidade e o progresso. Através do seu livre-arbítrio, a alma fixa o próprio destino e prepara as suas alegrias ou dores. Nunca, seja na provação ou no seio da luta ardente das paixões, o socorro divino lhe será negado. Não deve esmorecer, por mais indigna que se julgue, pois, desde que em si desperta a vontade de voltar ao bom caminho, à estrada sagrada, a Providência dar-lhe-á auxílio e proteção.
A Providência é o espírito superior, é o anjo velando sobre o infortúnio, é o consolador invisível, que reaquece o coração gelado pelo desespero, cujos fluídos amparam os que se encontram prostrados pela fadiga. É o farol aceso para a salvação dos que erram sobre o mar tempestuoso da vida. A Providência é, antes de tudo, o amor divino derramando-se sobre suas criaturas. Quanta solicitude e previdência nesse amor!
A alma é criada para a felicidade, mas, para poder apreciá-la, para conhecer-lhe o valor, deve conquistá-la e, para isso ocorrer, necessita desenvolver as potências encerradas em seu íntimo. Sua liberdade de ação e sua responsabilidade aumentam com a própria elevação, pois, quanto mais esclarecido, mais pode harmonizar o exercício de suas forças pessoais com as leis que regem o Universo.
A liberdade do ser é exercida dentro de um círculo limitado de um lado, pelas exigências da lei natural que não pode sofrer alteração alguma e nenhum desarranjo na ordem do mundo; e de outro, por seu próprio passado, cujas conseqüências lhes refluem através dos tempos, até à completa reparação.
Em caso algum o exercício da liberdade humana pode obstar à execução dos planos divinos: do contrário, a ordem das coisas seria a cada instante perturbada. Acima das nossas percepções limitadas e variáveis, a ordem imutável do Universo prossegue e mantém-se. Muito amiúde, julgamos como mal aquilo que para nós é o verdadeiro bem. Se a ordem natural das coisas tivesse de amoldar-se aos nossos desejos, que horríveis alterações daí não resultariam?
O primeiro uso que o homem fizesse da liberdade absoluta seria para afastar de si as causas de sofrimento e para se assegurar, desde logo, uma vida de felicidade. Ora, se há males que a inteligência humana tem o dever de conjurar, de destruir, por exemplo, os que são provenientes da condição terrestre, outros há, inerentes à nossa natureza moral, que somente dor e compreensão podem vencer; tais são os vícios. Nestes casos, torna-se a dor uma escola ou, antes, um remédio indispensável: as provas sofridas não são mais que distribuição eqüitativa da justiça infalível.
Mas a providência Divina, em relação à Humanidade terrestre, ainda se manifestou quando Deus nos confiou a Jesus, como discípulos a um Mestre e como ovelhas a um Pastor.
Divina Providência, que nos acompanhas através de vidas sucessivas, objetivando o nosso progresso e a nossa ascensão, mesmo quando nos fazes sofrer – pois, se por nossa culpa e o mau exercício do livre-arbítrio, estivermos, de fato, sofrendo, por força da lei, as conseqüências dos nossos desmandos, pela própria lei seremos devolvidos à paz e a felicidade, beneficiados pela dor redentora, enriquecidos de experiência e de sabedoria – desde o momento em que te reconhecemos e nos conscientizamos da tua imanência numa lei sábia e soberana, que estabelece tudo para o nosso bem, louvamos Àquele de quem emanas, na imensidão da Sua Justiça e do Seu amor!”Leon Denis - Depois da Morte – item XL - Texto:Guilhermina Cruz
A Providência Divina manifesta-se em todas as coisas, está imanente no Universo e é exercida por leis admiráveis e sábias. Tudo foi disposto por Deus para o bem de seus filhos, desde as providências para a manutenção da vida orgânica e a sua transmissão, garantindo a perpetuação da espécie, até a concessão da faculdade superior do livre-arbítrio, que proporciona ao homem o mérito da conquista consciente da felicidade, pela prática voluntária do bem e a livre busca da verdade.
Deus imprimiu-lhes na consciência as leis morais de trabalho, reprodução, conservação e destruição; não abusiva, mas equilibrada. Assim como a lei de sociedade, obedecendo à qual devem organizar-se em famílias ou em amplas comunidades sociais, onde cumprirão deveres, ligados àquelas leis morais e ainda às de progresso, igualdade e liberdade, em seu justo e mais elevado sentido e, sobretudo, à lei de justiça, do amor e da caridade.
Deus, então, propicia assim, ao homem construir a própria felicidade pela livre observância dessas leis e o cumprimento dos deveres e ele só é infeliz quando os descumpre ou com elas se desarmoniza. O homem faz tudo o que deseja, utilizando-se do livre-arbítrio que a Divina Providência lhe proporciona para construir ativa e meritoriamente o seu destino; mas é também responsável pelos atos praticados, devendo arcar com todas as conseqüências deles decorrentes, sejam estas felizes ou infelizes.
Parece então, que a Providência Divina e o livre-arbítrio humano se opõem. Mas não! Deus concede o livre-arbítrio ao homem para que ele acrescente à sua felicidade o mérito da iniciativa e da espontaneidade, no trabalho, na busca do próprio bem, na livre escolha do caminho reto para o conseguir.
Deus realmente tudo provê, mas não quer a sua criatura inativa, recebendo passivamente a graça divina e sim, que a busque por si mesma, conquistando através de esforços redobrados a felicidade e o progresso. Através do seu livre-arbítrio, a alma fixa o próprio destino e prepara as suas alegrias ou dores. Nunca, seja na provação ou no seio da luta ardente das paixões, o socorro divino lhe será negado. Não deve esmorecer, por mais indigna que se julgue, pois, desde que em si desperta a vontade de voltar ao bom caminho, à estrada sagrada, a Providência dar-lhe-á auxílio e proteção.
A Providência é o espírito superior, é o anjo velando sobre o infortúnio, é o consolador invisível, que reaquece o coração gelado pelo desespero, cujos fluídos amparam os que se encontram prostrados pela fadiga. É o farol aceso para a salvação dos que erram sobre o mar tempestuoso da vida. A Providência é, antes de tudo, o amor divino derramando-se sobre suas criaturas. Quanta solicitude e previdência nesse amor!
A alma é criada para a felicidade, mas, para poder apreciá-la, para conhecer-lhe o valor, deve conquistá-la e, para isso ocorrer, necessita desenvolver as potências encerradas em seu íntimo. Sua liberdade de ação e sua responsabilidade aumentam com a própria elevação, pois, quanto mais esclarecido, mais pode harmonizar o exercício de suas forças pessoais com as leis que regem o Universo.
A liberdade do ser é exercida dentro de um círculo limitado de um lado, pelas exigências da lei natural que não pode sofrer alteração alguma e nenhum desarranjo na ordem do mundo; e de outro, por seu próprio passado, cujas conseqüências lhes refluem através dos tempos, até à completa reparação.
Em caso algum o exercício da liberdade humana pode obstar à execução dos planos divinos: do contrário, a ordem das coisas seria a cada instante perturbada. Acima das nossas percepções limitadas e variáveis, a ordem imutável do Universo prossegue e mantém-se. Muito amiúde, julgamos como mal aquilo que para nós é o verdadeiro bem. Se a ordem natural das coisas tivesse de amoldar-se aos nossos desejos, que horríveis alterações daí não resultariam?
O primeiro uso que o homem fizesse da liberdade absoluta seria para afastar de si as causas de sofrimento e para se assegurar, desde logo, uma vida de felicidade. Ora, se há males que a inteligência humana tem o dever de conjurar, de destruir, por exemplo, os que são provenientes da condição terrestre, outros há, inerentes à nossa natureza moral, que somente dor e compreensão podem vencer; tais são os vícios. Nestes casos, torna-se a dor uma escola ou, antes, um remédio indispensável: as provas sofridas não são mais que distribuição eqüitativa da justiça infalível.
Mas a providência Divina, em relação à Humanidade terrestre, ainda se manifestou quando Deus nos confiou a Jesus, como discípulos a um Mestre e como ovelhas a um Pastor.
Divina Providência, que nos acompanhas através de vidas sucessivas, objetivando o nosso progresso e a nossa ascensão, mesmo quando nos fazes sofrer – pois, se por nossa culpa e o mau exercício do livre-arbítrio, estivermos, de fato, sofrendo, por força da lei, as conseqüências dos nossos desmandos, pela própria lei seremos devolvidos à paz e a felicidade, beneficiados pela dor redentora, enriquecidos de experiência e de sabedoria – desde o momento em que te reconhecemos e nos conscientizamos da tua imanência numa lei sábia e soberana, que estabelece tudo para o nosso bem, louvamos Àquele de quem emanas, na imensidão da Sua Justiça e do Seu amor!”Leon Denis - Depois da Morte – item XL - Texto:Guilhermina Cruz
Absolutamente Maravilhoso!!! Quanto conforto há em Deus!
ResponderExcluirGrata pelo post
Recomendo a leitura do livro A Gênese, vai gostar! Grata pelo comentário Carol,abs!
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