“A felicidade depende das qualidades próprias do indivíduo e não do estado material do meio em que se acha” -
Emmanuel
Invejar não é apenas desejar para si o que o outro tem ou é, a isso
chamamos cobiça. Além de cobiçar, quem inveja pretende sobretudo que o outro
não tenha ou não seja. A grande tragédia do invejoso é interiorizar que a sua
felicidade não depende de si próprio mas sim da infelicidade dos outros.
Apegos, medos e especialmente a insegurança pessoal, aliados ao egoísmo
são seus geradores.
Com uma sociedade que é cada vez mais materialista e competitiva,
voltada para fora, para a aparência e satisfação dos sentidos, cria-se a idéia
de que a posse e o holofote é o ideal de todos.
Não faz sentido andar constantemente a estabelecer comparações com
aquilo que os outros são quando desconhecemos o melhor que podemos ser. Para
erradicar a semente da inveja da nossa alma é necessário cultivar o saudável
hábito de gostar de nós. Amar quem somos!
A inveja é um processo doloroso e perturbador a nível psicológico. As virtudes,
êxitos e felicidade dos outros são para o invejoso uma força que ameaça o seu
equilíbrio emocional, enfraquecendo terrivelmente o seu amor-próprio e a
confiança. Sente-se irredutivelmente inferiorizado perante a vida, recalcando sucessivos
fracassos e frustrações. Tal como uma criatura ferida, reage por instinto,
destilando o veneno da maledicência e do desprezo, que usa para esconder a
raiva que sente, a insegurança em que vive e a inferioridade que o martiriza.
Pela primeira vez, uma pesquisa científica mostra onde ela e o
shadenfreude - palavra alemã que dá nome ao sentimento de prazer que o invejoso
experimenta ao presenciar o infortúnio do invejado - são processados na mente
humana.
De autoria do neurocientista japonês Hidehiko Takahashi, do Instituto
Nacional de Ciência Radiológica, em Tóquio, o estudo "Quando a sua
Conquista É a minha Dor e a sua Dor É a minha Conquista: Correlações Neurais da
Inveja e do Shadenfreude" foi publicado recentemente pela prestigiada revista
cientifica americana Science. Por meio de ressonância magnética realizada em 19
voluntários (dez homens e nove mulheres), na faixa etária dos 20 anos, foi
possível identificar onde os sentimentos são processados no cérebro. Ao sentir
inveja, a região do córtex singulado anterior é ativada.
O interessante é notar que é nesse mesmo local que a dor física se processa. "A inveja é uma emoção dolorosa", afirma Takahashi. O shadenfreude, por sua vez, se estabelece no estriado ventral, exatamente onde se processa a sensação de prazer. "O invejoso fica realizado com a desgraça do invejado", diz o pesquisador. Durante a pesquisa, Takahashi induziu os voluntários a imaginarem um cenário que envolvia outros três personagens, do mesmo sexo, faixa etária e profissão que eles. Dois deles seriam, hipoteticamente, mais capazes e inteligentes.
Dessa comparação nasce a inveja, especialmente quando as pessoas são
muito parecidas. Ou seja, é mais comum uma mulher se incomodar com outra, da
mesma faixa etária e profissão, do que com alguém com características
totalmente diferentes. "Trata-se de um sentimento caracterizado pela
sensação de inferioridade", explica o neurocientista Takahashi.
"Quando há essa sensação, é porque houve comparação e a pessoa
perdeu."
Mas por que há pessoas muito invejosas e outras que passam a vida quase
sem sentir essa emoção? A psicóloga Sueli Damergian, professora da Universidade
de São Paulo (USP), acredita que o segredo está em não ultrapassar a linha da
afeição. "A inveja é sempre fruto da admiração", diz. "Se ela
ficar restrita a isso, pode funcionar como impulso para o
desenvolvimento." O problema é quando essa barreira é rompida. "Se o
impulso destrutivo for muito forte, o invejoso passa a viver a vida do outro e
isso pode ser danoso tanto para ele quanto para o invejado."
É preciso fazer uma análise
profunda sobre os defeitos morais, que são como chagas abertas.
Toda falha moral vem revestida de
uma profunda ignorância, o que devemos fazer é uma investigação sobre nós
mesmos, buscando a corrigenda e o entendimento, pois, não somos perfeitos,
erramos, mas caminhamos sempre para uma condição melhor de espíritos, onde com
as experiências vivenciadas no dia a dia, vamos nos tornando melhores e mais
distantes destes defeitos.
Quem assim vive atrai para si
sofrimento, o primeiro passo para sair desta triste situação, é vencer o
negativismo, a preguiça mental e buscar ser merecedor, reformando-se
moralmente.
“Cuidemos de nosso coração, porque é de lá que
sai o que é bom ou ruim, , o que constrói e destrói” Papa Francisco.
“Cada pessoa é aquilo que crê, fala do que
gosta; retém o que procura;ensina o que aprende; tem o que dá e vale o que faz”
– Emmanuel.
“Seus pensamentos revelam suas companhias
espirituais” André Luíz
Fonte: internet
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