O Pote Vazio - contada por Divaldo Franco:
Um homem
contratou um servo para diariamente completar os seus depósitos com água.O servo comprou
dois potes, como é comum na Índia, amarrou-lhes cordas à boca e prendeu em uma
haste resistente para carregar, sobre os ombros, os dois potes de água.
Diariamente, ele
ia à fonte, enchia os potes, trazia-os, completando os depósitos e era feliz
com seu amo e com seu trabalho.
Um dia, um pote
rachou e, a partir daí, sempre a água que o pote rachado levava derramava pelo
caminho, perdendo a metade pela rachadura.
Perdendo-se
água, o carregador dava mais uma viagem, retornando à fonte outra vez.
Um dia, o pote
rachado disse:
- Meu rapaz, eu
quero lhe pedir um favor: jogue-me fora, substitua-me. Eu sou motivo de cansaço
para você. Pela minha rachadura perde-se muita água, e você tem que dar outra
viagem!
O carregador lhe
respondeu:
- Mas eu não
estou me queixando.
- Sim, mas eu
estou. Você é tão gentil comigo, preservando-me. Quebre-me, eu já estou na hora
de ser abandonado, estou imprestável.
O homem que o
carregava propôs:
- Olhe aqui,
venha ver, por favor.
Carregou-o com
cuidado, subiu o aclive e explicou-lhe
- Veja a
distância daqui até a casa do amo. Note este lado como está verde, como está
cheio de flores e note o outro, como está árido.
O pote olhou e
confirmou:
- De fato, que
se passa?
Ele esclareceu:
- Pois é, quando
eu percebi que você ia derramar água, comecei a pensar que, você poderia ser-me
útil. Então, eu semeei flores, atirei sementes, pólen e, diariamente, você se
encarregava de molhá-los, poupando-me esse trabalho. As sementes germinaram, e
aí está, deste lado eu tenho um jardim e sem nenhum trabalho; você o molha para
mim todo dia.
- Mas que
maravilha! Mas eu sou um transtorno na sua vida, porque o seu amo percebe o seu
cansaço que resulta das duas viagens.
Ele concluiu:
- Mas meu amo
gosta de mim, porque diariamente, quando eu lhe preparo o café, venho a este
lado do jardim, tiro algumas flores que você umedece e coloco-as no jarro,
embelezando a mesa onde meu amo alimenta-se. E ele, diante da mesa florida,
fica muito feliz. Daí você me é de uma utilidade incomparável.
O pote rachado
calou-se e o servo continuou conduzindo-o.
Esta estória contada por Divaldo Franco nos traz uma lição
sobre nossas imperfeições assim como nos mostra que somos úteis mesmo nas ações
que parecem tão pequenas, mas movidas ao bem e amparo.
"O milagre da vida chama-se
amor." Joanna de Ângelis
Todos somos capazes e úteis, analisemos, quando Jesus afirmou em sua parábola,: “O Reino de Deus é
semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou em seu campo. Na
verdade, ele é a menor de todas as sementes, mas, depois de crescido, é maior
que todos os legumes e torna-se uma árvore, de sorte que as aves do céu vêm
habitar seus ramos”. (Mateus, 8, 31-32; Marcos, 4, 30-32; Lucas, 13, 18-19.)
Uma vez lançada ao solo, a semente tende a
crescer. Na parábola do semeador, a semente cresce em função da qualidade do
terreno. E, mesmo em terra boa, cada semente cresce de acordo com a sua
potência: umas crescem rápido; outras demoram um pouco mais. O mesmo se pode
falar do solo do espírito. A transformação acontece num evoluir, se Deus não quisesse nossa evolução não nos permitiria talentos,dons e possibilidades de crescimento.
“Todos nos achamos convocados a entregar a nossa cooperação pelo bem geral.Acontece, no entanto, que na criatura humana, o discernimento conquistado cria o problema da livre aceitação do dever de servir.
Todos nos reconhecemos indicados para oferecer
o melhor de nós para que apareça o melhor dos outros em auxílio de todos.
Desfrutando, porém, do atributo divino de
contribuir conscientemente na Criação Universal e não constando a violência da
Obra de Deus, o homem, muitas vezes, quando se vê compelido pelas forças da
vida a fazer o melhor de si a benefício do progresso comum, oferece
ingredientes negativos à engrenagem do destino, que ele próprio se incumbe de
suprimir depois do erro cometido, despendendo tempo e força para reajustar o
que ele mesmo desequilibrou.
Consideremos a nossa parcela de trabalho na
economia da existência.
Importa observar, entretanto, que qualidade de
observação doamos de nós e o modo pelo qual entregamos a quota de serviço ao
mundo, junta às pessoas e ocorrências que nos cercam, porque embora sejamos
livres no espírito e responsáveis na ação, todos, na essência, somos canais
vivos de Deus”.
Autor: Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier. Livro: Encontro
de Paz
Somos constantemente convidados a nos melhorarmos e a atuarmos de acordo
com nossas possibilidades, além de nós mesmos.Existem portanto inúmeras
possibilidades de sermos úteis, para o Espiritismo a caridade é grande campo a
ser explorado, à serviço do próximo.
Avaliemos nossa parte, nossas ações, ainda que pequenas, poderão
favorecer e amparar se assim desejarmos. O mesmo acontece com as tribulações
que enfrentamos, observe-as como um convite que poderá auxiliar mais adiante pois
nos transformam internamente.
No Sermão da Montanha, do Evangelho de São Mateus temos tudo aquilo que é colocado
como bem aventurado, se bem vivido, bem experimentando, o resultado final desse
processo é a bem aventurança.
A proposta que Jesus passa
para a nossa vida é a de chegar a bem aventurança por um processo de
compreensão.
A reflexão das dores e do
sofrimento, dos obstáculos e das dificuldades
encerram sempre uma lição. Muitos
passam a buscar a reforma íntima quando
enfrentam grandes desafios,assim como
a compreensão de Deus e do
espiritual.A transformação permite
percepção.
O grão de mostarda serviu duas vezes para as
comparações de Jesus: uma vez comparou-o ao Reino dos Céus; outra, à fé. O grão
de mostarda se transforma em árvore; dá, depois, muitas sementes e muitas
árvores e até suas folhas servem de alimento. Mas é necessária a fertilidade da
terra, para que trabalhe a germinação, haja transformação, crescimento e
frutificação do que foi semente; e é necessário, a seu turno, o trabalho da
semente e da planta no aproveitamento desse elemento que lhe foi dado.
Assim acontece com o Reino dos Céus na alma humana; sem o trabalho dessa "semente"; sem o concurso da boa vontade, que é a maior fertilidade que podemos proporcionar; sem o esforço da pesquisa, do estudo, não pode aumentar e engradecer-se em nós.
Façamos nossa boa parte, no terreno do possível, em nossos lares, em nossos pensamentos, onde trabalhamos; sejamos o bem que buscamos. As dificuldades continuarão a existir, os problemas ainda farão parte, mas veja-os como um meio de melhoramento íntimo; Deus nos encarrega do que podemos suportar sempre e nunca nos desampara, espera no entanto nossa ação para conosco e para com nossos irmãos.
Nada é vazio ou sem propósito, até nossas falhas servirão como lições, agora ou no porvir. Podemos servir, tanto o é que Deus deposita em nós inúmeras capacidades!
Temos a semente da perfeição dentro de nós. A certeza que temos é que um dia chegaremos a relativa perfeição.
ResponderExcluirPor vezes, somos megalômanos e queremos fazer grandes obras mas, a exemplo do grão de mostarda fomos " semeados" e um dia seremos árvores frondosas.
Bjs
Olá Lú, um dia chegaremos a esta perfeição, sem dúvida; não somos perfeitos mas nossas ações podem fazer um grande bem, vezes numa proporção que sequer imaginamos.Obrigada pelo comentário, bjs!
ResponderExcluirOlá Flávia, linda mensagem do Divaldo que nos traz grandes ensinamentos. Muita luz ao seu coração!
ResponderExcluirOlá Maria, agradeço o comentário, também gosto muito deste conto, na verdade de todos os que acrescentam lição, meu pai sempre utilizou contos para nos ensinar e são verdadeiras fontes de aprendizado. Luz e Paz amiga, bjs!
ResponderExcluirComo um ser imperfeito, continuo com vontade de aprender e refletir cada vez mais.
ResponderExcluirPor vezes com uma grande confusão, noutras não...
Porém, nunca desisto.
As vezes assustada, as vezes calma.
Um abusca incessante...
Beijo querida.
Olá querida Beth!
ResponderExcluirO caminho é este mesmo, refletir sempre e a busca é um processo inerente ao ser humano.
Para qualquer dúvida que tenha, se eu puder esclarecer, é só escrever (luzesdobem@gmail.com)
Bjs, Flávia.
Pois é temos muito a aprender com as lições tiradas dos grandes mestres e formadores de opinião.
ResponderExcluirO bom é que você deixa tudo bem explicado e nos seus devidos lugeres.
Ler, reler para entender, isso é reflexão.
Muito bom mesmo.
Abraço
Olá amigo Lu, agradeço o comentário!
ResponderExcluirA reflexão é amiga da boa consciência, temos tantos materiais ricos para usarmos em nosso constante aprendizado - encontrados nos livros sagrados, na filosofia, na ciência e até mesmo na observação criteriosa de tudo que nos cerca. Veja, nossas próprias experiências também são dignas de reflexão, há muitas lições esperando por nosso olhar atento, creio estar aí a beleza da vida, onde tudo se transforma. Grande abraço! Flávia.