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sábado, 15 de agosto de 2015

Assédio Espiritual envolvendo Canibalismo

 
 Canibais, no Brasil de 1557.

Olá, amigos ! Hoje debateremos o assédio espiritual ou obsessão espiritual ligados ao canibalismo.

Como podemos notar ao longo das postagens e reflexões, a obsessão ou assédio não significa um simples e único conceito, há variáveis a considerarmos, ainda que estas variáveis sejam de fato incomuns.

Quando observamos o todo, melhor compreendemos as partes. Acreditamos que o canibalismo seja o mais difícil dos temas de vinculação, por termos reduzido material para análise, porém os que temos apresentaremos com algumas observações.

Allan Kardec observou, em sua obra, através das comunicações com os espíritos superiores, que o canibalismo procede, por  vezes, da cultura de certos povos, mas não ignoremos que os povos, no passado, praticavam o canibalismo como ritual. 

A prática, conforme afirmam antropólogos e arqueólogos, era encontrada em algumas comunidades ao redor do mundo. Foram encontradas evidências na África, América do Sul, América do Norte, ilhas do Pacífico Sul e nas Caraíbas (ou Antilhas).
 O canibalismo não foi, portanto, um ritual de apenas uma tribo ou região demográfica,mas é prática espalhada entre os mais diversos povos no planeta.

O intuito do canibalismo, como hoje melhor compreendemos e podemos analisar através de obras científicas, estava vinculado a ideia da obtenção de energia do oponente, então guerreiros de tribos adversárias que, quando ingeridos, poderiam, segundo a crença da época e destes povos, fornecer não apenas a carne como também as energias e bravura destes oponentes, além de servir para  uma "purificação da alma", segundo supunham. Houve na História ainda as oferendas de carne humana, principalmente de virgens a supostas entidades de alguns povos, em épocas distantes.

Estes fatos históricos nos apresentam as diferentes culturas, crenças e hábitos que ao longo do tempo e devido ao progresso acabaram sendo exterminados destas sociedades ou tribos. A mesma evolução ocorreu com outras formas de pensamento, como sabemos, inserindo na sociedade novos paradigmas, novos conceitos, sempre em face ao maior entendimento, exemplos não faltam: escravidão, direitos humanos e de animais, incluindo procedimentos médicos como a lobotomia (terrível), entre outros.

Vejamos a obra de Kardec o que nos diz:
 271.Quando o Espírito estuda, na erraticidade, as diversas condições em que poderá progredir, como julga poder fazê-lo, se nascer entre canibais?
       — Não são os Espíritos já adiantados que nascem entre os canibais, mas os Espíritos da mesma natureza dos canibais, ou que lhes são inferiores.
Comentário de Kardec:  Sabemos que os nossos antropófagos não estão no último grau da escala, e que há mundos onde o embrutecimento e a ferocidade ultrapassam tudo o que  existe na Terra. Esses Espíritos são, portanto, ainda inferiores aos mais inferiores do nosso mundo, e vir para o meio dos nossos selvagens é para eles um progresso, como seria um progresso para os nossos antropófagos exercer entre nós uma profissão que não os obrigasse a derramar sangue. Se eles não visam a mais alto, é porque a sua inferioridade moral não lhes permite compreender um progresso mais completo. O Espírito não pode avançar senão gradualmente; não pode transpor de um salto a distância que separa a barbárie da civilização. E está nisso uma necessidade da reencarnação. que se mostra verdadeiramente de acordo com a justiça de Deus. De outra maneira, em que se transformariam esses milhões de seres que morrem diariamente no último estado de degradação, se não tivessem meios de se elevar? Por que Deus os teria deserdado dos favores concedidos aos demais?
      272. Os Espíritos procedentes de um mundo inferior à Terra, ou de um povo muito atrasado, como os canibais, poderiam nascer entre os povos civilizados?
      — Sim, há os que se extraviam ao quererem subir muito alto, mas ficam deslocados entre vós, porque têm hábitos e instintos que se chocam com os vossos.
Comentário de Kardec:   Esses seres nos dão o triste espetáculo da ferocidade em meio da civilização. Retornando para o meio dos canibais, isso não será um retrocesso, pois não farão mais do que retomar o seu lugar e talvez ainda com proveito.
      273. Um homem pertencente a uma raça civilizada poderia, por expiação, reencarnar-se num raça selvagem?
      — Sim, mas isso depende do gênero da expiação. Um senhor que tenha sido duro para os seus escravos poderá tornar-se escravo e sofrer os maus tratos que infligiu a outrem. Aquele que mandou numa época, pode, em outra existência, obedecer aos que se curvaram ante a sua vontade. É uma expiação, se ele abusou do poder, e Deus pode determiná-la. Um bom Espírito pode, para os fazer avançar, escolher uma vida de influência entre esses povos. Então se trata de uma missão.
***



Hoje, os atos de canibalismo são observados como atos isolados, ainda que exista no planeta algumas poucas tribos que praticam como parte de rituais. O interessante nestes casos é quando se consegue provar que o ato não se trata de doença mental, onde temos relatos e desenhos que são elaborados pelos que praticaram o canibalismo nos tempos atuais. Não é incomum tais casos apresentarem declarações de influências espirituais em contextos envolvendo seitas e cultos macabros.



Acima, colocamos, como complemento ao estudo, a reportagem de Roberto Cabrini com os Canibais de Garanhuns, um caso relativamente recente.

Ilustrações do livro escrito por Jorge Negromonte
A questão que fica evidente é: por que comer a carne humana ? Qual a motivação dos prováveis assediadores consorciados aos canibais do caso acima ? Com base em obras espíritas, onde vemos relatos de espíritos que lotam matadouros de animais para consumir o fluido vital impregnado no ambiente, somos forçados a deduzir que um dos motivos, pelo menos, que estimulou os assediadores envolvidos nesse caso, foi a obtenção de fluido vital das vítimas. No caso apresentando no vídeo acima, fica evidente o assédio espiritual, explicitado por meio dos desenhos acima. Quem observar tais desenhos poderá ver claramente uma simbiose mental, entre os assediadores(supondo mais de um) e os canibais, principalmente por parte de  Jorge. 

Uma observação atenta aos desenhos leva-nos a observar a presença constante de vultos negros sempre a espreita de alguém. Jorge também relatou a Roberto Cabrini que ouvia vozes que diziam a ele o que fazer.

Aproveitando-se das prováveis brechas psíquicas(leia mais em Assédios Espirituais) tais espíritos, em consonância mental com os encarnados envolvidos no caso, provavelmente os estimulavam para tal feito, alimentando as ideias desequilibradas que os 3 mantiam. O que não os exime da responsabilidade, pelo contrário, mostra um verdadeiro consórcio entre eles e os assediadores. Os três envolvidos nesse caso poderiam também ser definidos como assediadores, porém encarnados.
O caso acima nos faz um alerta sobre a vital importância do estudo sobre o tema  "Assédios Espirituais" que, se negligenciados, podem ter efeitos lastimáveis. Importante se torna então que reflitamos sobre as formas de prevenção, assunto já tratado em Assédios Espirituais.





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