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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A Justiça, o Amor e a Caridade



 "A revolta não é o ato de se indignar, a indignação é necessária para que haja o progresso, para que ocorram as mudanças. A indignação nos permite a reflexão. Ponderar, analisar, porém não como um processo enraizado, num processo que deprima ou que traga doenças, processos patológicos." - Carlos Augusto

"Onde está escrita a Lei de Deus ? - Na consciência - O Livro dos Espíritos, q. 621


A lei humana considera a justiça apenas em seu campo de observação, muito material, mas na realidade a justiça deve estar pautada na observação das leis morais ou divinas. Estas leis pautam nossa jornada enquanto encarnados, por isso as estudamos para nossos trabalhos de amparo.

Estudamos cada uma das leis até para entendermos onde houve uma violação destas e de onde surgem todos os questionamentos nos processos de amparo que são feitos a espíritos já desencarnados, presos ainda às suas ilusões.

Quando mencionamos sobre os sentimentos, o fizemos antes da observação das leis, pois os sentimentos norteiam as jornadas, sejam sentimentos nobres ou não. Não apenas a jornada enquanto encarnados, como quando desencarnados igualmente. Porém, consoante a estes sentimentos nós temos as leis também, sendo importante refletir sobre estas para a compreensão do que realmente é o justo, do que é o amor, do que é a caridade e todas as outras leis.


As Leis Divinas funcionam juntas, como um conjunto de engrenagens a ditar a evolução do Universo

Justiça, amor e caridade - porque estas leis foram colocadas juntas? Quantas vezes na história humana nós tivemos casos de injustiça? Milhares de vezes! Alguém se ergueu contra, nestes fatos históricos?  Toda vez que existe uma injustiça, há os que se levantam para contrapor esta situação, sejam encarnados ou desencarnados. E onde está a caridade e o amor? Está exatamente em defender o que é correto. Diante de uma injustiça há os que se levantam, e é histórico isso, em todos os momentos acompanhamos isso na história, sejam em ocorrências particulares ou de um grupo em geral, temos os que contrapõem a injustiça. 



Seja porque já têm dentro de si um conceito melhorado do que vem a ser justiça ou por inspiração para que possam vir a contrapor atos injustos.







Nos momentos de injustiça e onde vários erros acontecem neste nosso planeta terra, sempre haverá esta influência para que o exemplo fique, para que a lição aconteça embora alguns acabem desencarnando sem terem sentido este senso de justiça, porém a justiça se faz. Havendo um desencarne, cabe o julgamento a Deus e somente a Deus do que acontecerá com o espírito inferiorizado e que se demora nas injustiças, mas a justiça para aquele que ficou acontece muitas vezes de outras formas, como que uma “recompensa”, mas apenas com a reflexão é que podem perceber isso em suas vidas e muitos não percebem, a espiritualidade trabalha de forma a promover a oportunidade através dos fatos da vida, mas a revolta nunca deve se instalar nem no coração e nem na mente e quando dizemos revolta, falamos novamente do conceito do que vem a ser a revolta.

A revolta não é o ato de se indignar, a indignação é necessária para que haja o progresso, para que ocorram as mudanças. A indignação nos permite a reflexão. Ponderar, analisar, porém não como um processo enraizado, num processo que deprima ou que traga doenças, processos patológicos. Assim, existe uma grande diferença revolta e indignação.


Se observarmos e refletirmos as leis, saberemos os limites que devemos utilizar em nosso próprio livre arbítrio. Porque a partir do momento que estivermos indo contra as leis divinas deixa de ser justo, dessa forma as leis pautam o que vem a ser a justiça, o amor e a boa escolha, a boa decisão no uso do livre arbítrio. As leis nos dão um manual do bem viver, manual este que deve ser compreendido, e a reencarnação, nos proporcionando experiências diversas com pessoas de diferentes níveis de maturidade espiritual, é o meio mais adequado para entendermos quais são as atitudes verdadeiramente justas.

A justiça feita com as próprias mãos e com a visão pessoal é muitas vezes permeada pelo egoísmo, pela falta de caridade, pela visão deturpada das coisas e isso não é justiça, mas um ponto de vista do que vem a ser a justiça, a reflexão sobre as leis nos permite ver além dos conceitos que foram postos muitas vezes pelo homem. Então vemos a palavra justiça ser pronunciada por dois opositores, por exemplo, cada um clamando a si a justiça e afirmando que a justiça está consigo, porém nós temos que analisar com profundidade a situação e assim caminharmos para um conceito melhorado do que vem a ser justiça, porque a justiça no conceito maior está nas mãos de Deus, é a que vai decidir destinos, o pós-morte, a passagem dos desencarnados e não nos cabe julgamento em relação a isso.

Para os limites de nossas ações devemos sempre observar as leis divinas, porque se há uma contramão com relação às leis, algo de errado existe.

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