Boa tarde amigos, demoramos um pouco mais para postarmos a
penúltima parte sobre a obra Nosso Lar pelo acúmulo de tarefas, pedimos
desculpas :)
A análise do filme nesta quarta parte inicia-se no tempo:
1:04:00, na qual temos André Luís retornando ao Ministério das Comunicações.
Seu intuito é o de averiguar as preces que lhe foram direcionadas – recordamos que
momentos antes do vídeo André em conversa com Luiza mencionou que não recebera como ela preces
como a que ele presenciou, direcionada à Luiza, quando ambos estavam nas
câmaras de retificação.
Como as informações podem ser acessadas pelos espíritos,
André vê então as cenas onde recebeu preces – aqui importa analisarmos que no
filme aparece um computador, lembremos que André não tem ainda nenhuma
experiência como espírito que o permite utilizar-se da clarividência por
exemplo e outros dons, ele quando chega ao Nosso Lar, ainda carrega suas
experiências terrenas; sabemos que não há sobressaltos, então é assim que para
espíritos que ainda não tiveram qualquer contato quando encarnado com o plano
espiritual há a dificuldade de visualizar sem a ajuda de aparelhos preces, como
no caso.
O acesso às informações vividas variam portanto e não são
necessários uso de aparelhos, o que não os exclui, André ainda não aprendeu a
perceber as energias, pensamentos e outros dados, ou seja ainda não faz uso de
suas potencialidades espirituais.
Todas as informações são passíveis de utilização conforme as
aprendemos, é assim entre nós encarnados, é assim entre os desencarnados.
Então, seguindo, André observa o momento de seu desencarne,
contou com o auxílio e prece de sua mãe e também da prece em seu favor da Sra.
Amélia (que conhecera e atendera seu marido como médico na terra). Neste
instante André finalmente, ao ver a prece feita por Dona Amélia, recebe nova
lição de humildade e conversa com a mesma quando a encontra – o que não se
dispunha antes. Nestas passagens podemos observar o evoluir de André, suas
reflexões, o que o permite conhecer mais de si mesmo e de sua nova condição no
plano espiritual.
No tempo 1:09:44 do vídeo André tenta aconselhar Luiza a não
intentar regressar à terra, porém temos ainda o mesmo quadro observado
anteriormente de fixação mental.
A fixação mental, como podemos observar sem qualquer
esforço, também existe entre os encarnados, são ideias fixas nocivas, nas quais
geralmente o sujeito não vê nada além de seu objeto de interesse – lembremos um
outro exemplo, muito comum na literatura espírita por sinal, de espíritos que
ainda vagueiam entre os encarnados, com fixação mental sobre heranças que
deixaram, casas em que residiram, tesouros que angariaram enquanto encarnados.
Nestes casos o desejo de permanecer com seus haveres persiste depois do
desencarne, este apego ao materialismo ou a outros objetos e/ou pessoas de seu
interesse são exemplos igualmente de fixação mental, e infelizmente, como
sabemos, de obsessões.
A auto obsessão também expressa o quadro de fixação mental,
sendo uma ideia fixa que retemos, independente do estado em que nos
encontramos, palco de observação a todos nós.
O que são os relacionamentos egoístas em que não se permite,
mesmo com o seu término, que o outro siga com sua vida? A ideia fixa da posse.
Retornando com as análises, é impossível que Luiza regresse
e conviva com seu noivo – façamos uma observação neste ponto amigos, caso Luiza
viesse a transpor as barreiras do Umbral, pois antes do plano terreno físico
temos o Umbral devido a localização narrada na obra do plano Nosso Lar, então
teríamos uma situação de obsessão, importante parênteses, pois o espírito que
retorna ou se fixa ao lado do encarnado acaba por obsediá-lo, algumas vezes
através de influências e sugestões intentam que o encarnado “parta” com o
espírito, ou seja, há casos como nos mostra a literatura espírita de
influenciações no sentido de suicídio.
Enquanto não nos apresenta o vídeo o destino de Luiza, segue
o filme com outros relatos. A guerra sofrida na terra é comunicada aos
residentes de Nosso Lar tendo novamente a situação de projeção durante a
comunicação sobre o momento que a terra atravessa naquele tempo.
“Milhões e milhões de almas retornarão em breve ao plano
espiritual” assevera o governador, o que significa a necessidade de novos
amparos e assistência massiva a estes – mesclam-se imagens reais nestes
momentos do filme da guerra ocorrida.
Nesta parte podemos observar um pouco de
como são realizados os amparos espirituais, em busca do reequilíbrio, auxílio,
resgate e assistência.
Podemos notar que alguns destes que retornam amparados ao
Nosso Lar chegam em macas e outros andando, tudo conforme seu estado de
adiantamento, de percepção ou desprendimento no instante do desencarne. O
acesso ao Nosso Lar e não ao Umbral se dá pelo mérito, fato é que nem todos
para o mesmo plano espiritual se dirigem, pois conta-se para tanto não apenas o
mérito como sintonias, afinidades, entre outras causas.
Finda esta parte no tempo 1:18:42 temos o retorno de Luiza
ao Nosso Lar que não retornou ao plano terreno, mas antes ficou no Umbral, há
ainda o resultado da lei de ação e reação apresentada novamente. Luiza
estagiando no Umbral necessitou de novo amparo pelas influências que sofreu do
meio em que se deteve. Um dos que a amparam é o próprio André, que segue a
compreender mais do plano espiritual, das necessidades do progresso, da
evolução , que a todos nós chega, dia ou outro e nos compete, seja aqui ou no
plano espiritual, independente do crédulo, nos evidenciando portanto outra lei,
a Lei do Progresso.
Quem desejar conhecer as leis mencionadas na obra e as
demais, estão presentes no Livro dos Espíritos, disponível para leitura ou
download no menu inicial do blog.
Com a fixação mental de Luiza e o amor que seus entes tem
por ela, acompanhamos na obra a reencarnação de Laura, que será numa nova
existência sua mãe (mãe de Luiza), para lhe auxiliar e guiar.
Laura utiliza seu
livre arbítrio por amor, visto que Luiza demonstra que somente em nova
reencarnação compreenderá e aprenderá o desapego ao material; sua fixação
mental não a prende senão à terra, ao local que se afiniza, assim ao final dos
amparos que ainda necessita retornará como filha de Laura e através de nova
experiências, novas lições, podendo ser que tenha ou não êxito – o livre
arbítrio opera em ambos os planos, razão pela qual o mérito existe e conta
diante de nossas escolhas.
Tudo é aproveitado para o progresso, todas as experiências,
as lições, as escolhas...e progredindo, André conquista seu mérito, de se
comunicar então, como sabemos, através de Chico Xavier e também com sua
família.
A obra fala-nos também sobre o período que atravessa o
espírito antes do reencarne, período de esquecimento; levará no entanto a
intuição do que lhe compete e dons conquistados anteriormente em alguns casos.
Este período de esquecimento é benéfico para que não “carregue” fardos
passados, vividos, experimentados. É oportunidade, nova oportunidade de
refazermos nosso caminho, estabelecendo o reequilíbrio de atos, pensamentos ou
escolhas antes desequilibradas.
Vezes este reequilíbrio significa missão, vezes
significa quitação e reparos; independente do fim, é sempre nova experiência,
que conta com os elos já estabelecidos anteriormente, objetivando o progresso,
através do amor e da conscientização.
Amigos, agradecemos a todos e seguiremos após este post com a última parte do estudo da obra, quem desejar encaminhar alguma análise ou questão, podendo nós auxiliar e responder, o faremos já no próximo post.
Até breve e ótima semana a todos, com luz e amor :)
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