“Os supremos atos da mulher geralmente
permanecem ignorados, não saem à luz da admiração do mundo, porque são feitos
na vida privada, longe dos olhos do público, pelo único amor do bem” - Samuel
Smiles.
Vamos neste post debater sobre a importância da Sra.Kardec para o
Espiritismo, logo após sua biografia, abaixo apresentada.
Amélie Gabrielle Boudet ou Madame Rivail (Sra. Allan Kardec)
nasceu em Thiais, França, em 23 de Novembro de 1795.
Após
cursar o colégio primário, estabeleceu-se em Paris com a família, diplomada
professora de Letras e Belas Artes. Culta escreveu três obras: “Contos
Primaveris”, 1825; “Noções de Desenho”, 1826; “O Essencial em Belas Artes”,
1828.
Em
fevereiro de 1832, Amélie Boudet e professor Hippolyte-Léon-Denizard Rivail casam-se e ambos seguiram na
trajetória de estudos. Pouco tempo depois de concluir seus estudos com
Pestalozzi, no famoso castelo suíço de Zahringen (Yverdun), o Prof. Rivail
fundara em Paris um Instituto Técnico, com orientação baseada nos métodos
pestalozzianos.
Madame
Rivail associou-se ao esposo na tarefa educacional nada fácil na época.
Lançado
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, pseudônimo que tomou o Prof. Rivail,
este, meses depois, a 1o. de Janeiro de 1858, com o apoio tão somente de sua
esposa, surge o primeiro número da “Revue Spirite”, periódico que alcançou mais
de um século de existência grandemente benéfica ao Espiritismo.
No
início o casal Rivail realizou sessões em sua residência, estas muito
concorridas, exigindo da parte de Madame Rivail uma série de cuidados e atenções.
O local chegou a se tornar apertado para o elevado número de pessoas que ali
compareciam, de sorte que em Abril de 1858 Allan Kardec fundava, fora do seu
lar, a “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”.
Esta grande mulher trabalhou junto com
Kardec e após o falecimento de seu
esposo, em 1869, assumiu todos os encargos necessários à
gestão do Espiritismo, na França e no mundo - continuou durante mais 13 anos, dirigindo o
movimento espírita a nível mundial. Existe em Paris o Institut Amélie Boudet,
cujo portal na Internet é http://www.institutamelieboudet.fr/index.htm,
além dos livros"Kardec e Gabi", escrito por Violeta Cunha
do Couto e "Kardec e Gabi na Espiritualidade" –
ambos podem ser lidos nos endereços postados no final da material.
“Essas
informações são preciosas. Destacar a importância dessa mulher na codificação é
valorizar seu papel e fazer valer o propósito de almas afins que se unem e se
firmam por um objetivo nobre em favor do coletivo” - Raul.
“Tenho para mim que Gabi, quando participava das
reuniões espíritas junto com Kardec, não se limitava a secretariá-lo, mas
formulava perguntas aos espíritos e, igualmente, Kardec a consultava sobre
pontos doutrinários e o que escrevia tinha muito das sugestões e ideias dela.
Penso assim, porque é dessa forma que muitos livros
que psicografei tiveram a participação de outros médiuns, a quem consultei e
que não concordam que seu nome seja mencionado, tanto quanto o meu não aparece
na maioria desses livros.
Acredito que Gabi não tenha autorizado o marido a
mencionar-lhe o nome, mas poder-se-ia dizer que a Codificação foi elaborada a
quatro mãos.
O mais que eu possa dizer já está relatado pelos
biógrafos de Gabi, que, por sinal, limitaram-se a apresentá-la, após a
desencarnação do marido, como a "viúva Allan Kardec", o que, segundo
penso, é um grande equívoco e uma tremenda injustiça quanto à verdade
histórica. Todavia, os grandes espíritos optam geralmente pelo anonimato” –
Luiz Guilherme.
“Foi uma desses personagens que contribuíram
muito
para a história, nesse caso a do
Espiritismo, mas que ficaram ocultos devido,
entre outras coisas, ao machismo predominante
no século XIX,onde não muito tempo antes, dizia-se que a mulher não possuia
Alma e por isso apenas elas eram "possuídas" pelo demônio.Porém,
Gaby, foi uma colaboradora de Allan Kardec nas pesquisas Espíritas que Ele
empreendeu.Quando viajava para fazer pesquisas pela Europa, quem atendia aos que procuravam
o codificador em sua residência era Gaby, isso pode ser visto nas páginas
finais do livro "Obras Póstumas", quandoKardec narra, no tópico
denominado de "Clarividência":
"A Senhorita V..., natural de Lyon, é
dotada de uma notável segunda vista, conseguindo não só ver os Espíritos no
estado normal, sem que esteja sonambulizada, como também observar, com grande
precisão, os fatos que se desenrolam a distância. Uma vez em Paris, onde veio
passar alguns dias, deliberou visitar-me, na Rua Sainte-Anne, tendo encontrado
minha esposa, vez que — desde meu retorno de Sainte-Adresse — me havia eu
retirado para Ségur, a fim de, com mais tranqüilidade, trabalhar em minha obra
sobre o Evangelho.(...)durante a conversa com minha esposa diz-lhe esta:
“Uma vez que não podereis avistar-vos
com meu marido, o que ele muito lamentará,
não poderíeis transportar-vos em Espírito
até
onde se encontra, e vê-lo?” (...)
Por falta de espaço, não transcreverei todo
o diálogo,que pode ser visto no livro Obras Póstumas nas páginas finais, mas
por essa pergunta, apenas, já podemos ver a predisposição à pesquisa por parte
de Gaby. Um homem como Allan Kardec, com uma visão tão lúcida de mundo, só poderia
ter ao seu lado uma mulher tão lúcida quanto. Cabe lembrar também que após a
morte de Kardec, quem cuidou da sua biblioteca e sustentou o movimento
espírita com força foi Ela, portanto também merece sua fatia de glória nas
pesquisas acerca do mundo invisível” – Alexandre Filho.
“Ela se destaca por
estar a frente de seu tempo. No século XIX a mulher trabalha nas indústrias com
salário baixos etc...
Gabi, era professora,
culta e com ideias avançadas para sua época.Apoia o marido, naquilo que poderia
, levá-los ao descrédito e até privações de ordem material como aconteceu.
Evidente que, essa união
de almas não foi ao acaso. Eram espíritos, afins.Continuou o trabalho do marido
após sua desencarnação. Ela poderia ter simplesmente deixado pra lá, mas
sabia da missão não só dele mas tb da missão dela como espirito
comprometido com a codificação.
Não me lembro em qual
livro, acho que em Obras póstumas, kardec narra que a esposa ouvia barulhos
enquanto ele trabalhava e depois ficou esclarecido que esse ruidos vinham do
espírito que o alertava quanto aos erros que estava cometendo quando escrevia.
isso mostra sua mediunidade.
Seja como for, Amélie foi
uma grande mulher” - Lúcia.
Como vemos, muito devemos a sra Kardec no
tocante a doutrina. Deixo meus sinceros agradecimentos tanto pela sugestão do
post como dos comentários contidos no debate sobre Amélie.
Livros citados para leitura: http://luizguilhermemarques.com.br/avisos/o-livro-kardec-e-gabi-de-violeta-cunha-do-couto-aviso/
Biografia da Amélie em vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=dRJ41xA5Hlw
Quem quiser saber sobre o que tem feito Gabi no mundo espiritual encontrará informações no livro "Kardec e Gabi na Espiritualidade", publicado na Internet em luizguilhermemarques.com.br e na Biblioteca Virtual Espírita.
ResponderExcluirUm afetuoso abraço.
Luiz Guilherme Marques
Boa tarde, amigos.
ResponderExcluirTudo que disser será redundante mas...
Podemos observar como espíritos mais evoluídos e comprometidos com o bem se portam e aproveitam suas reencarnações.
Almas comprometidas Hippolyte e Amélie levaram até o final e mesmo depois de suas desencarnações seus trabalhos missionários a serviço do Cristo e do Consolador prometido por Ele.
Obrigada, luzes, por compartilhar conosco essas informações tão preciosas
Bjs
Prezada Flávia.
ResponderExcluirMeus parabéns pela valorização de Gabi, que é um dos Espíritos mais adiantados que auxiliam Jesus no Governo do nosso planeta.
Se você consegue ler em francês, sugiro-lhe visitar o site do Institut Amélie Boudet (http://www.institutamelieboudet.fr/index.htm).
Ali está divulgado o "Dictionnaire des concepts spirites", que é uma grande obra, ditada pelo próprio Kardec através de médiuns de origem árabe.
Envio-lhe, anexo, o Dicionário em pdf.
Procurei o apoio de entidades espíritas, a fim de obter a autorização do Instituto para fazer a tradução do Dicionário para o português, mas nenhuma entidade espírita, das que consultei, se interessou em fazer o pedido para a tradução.
Se você souber de alguma entidade que faça o requerimento,ficarei muito feliz em fazer essa tradução. Todavia, precisarei da remessa a mim do arquivo em extensão doc, pois em pdf ficará muito trabalhosa a tarefa.
Infelizmente, no Brasil parece que ninguém conhece o Instituto e, muito menos, o Dicionário e as pessoas "pararam no tempo", pensando, talvez, que Kardec e Gabi estão tirando férias, quando, na verdade, estão trabalhando, junto com Chico Xavier e outros, na implantação das noções de reencarnação etc. no mundo árabe, segundo consta da Introdução do Dicionário.
Há ali muitas informações importantes.
Um afetuoso abraço.
Luiz Guilherme Marques
Grandes propósitos, sempre, grandes almas!
ResponderExcluirAbraços
Ola amigos, agradeço os comentários! A matéria foi solicitada e atendida exatamente para nos lembrar da importãncia de Amélie, grande, sem dúvida alguma.
ResponderExcluirQuem puder fazer a solicitação de tradução do livro, para que tenhamos em português, deixo igualmente o convite!
O post foi quase que prontamente publicado após o pedido do mesmo, peço desculpas por não ter tido a oportunidade de recolher mais depoimentos que muito poderiam acrescentar a matéria, mas os convido a comentarem. Bjs a todos, Flavia.