Ultimamente as queixas envolvendo o relacionamento afetivo
tem aumentado, são encontros e desencontros com alegações de que “ninguém” quer
algo sério, não se busca um envolvimento maior pois que exige comprometimento.
Curioso é observar que as queixas são as mesmas de homens e
mulheres, será então que os homens e as mulheres estão buscando coisas
diferentes?
A alegação de que hoje um relacionamento não acontece porque está tudo muito fácil e
permitido nos deixa um ponto a ser refletido.
Esbarramos na questão da liberdade, há liberdade para tudo e
todos, afinal o livre arbítrio opera sem
dúvida entre nós, mas assim como há a liberdade há a reflexão necessária, onde
encontramos os limites também.
O descomprometimento pode ferir, magoar, deixar uma sensação
de vazio e de que as coisas andam um tanto voláteis na atualidade e por mais
que se queira negar, até aqui temos nossa parcela de responsabilidade se
agirmos apenas “tocando o barco”.
Temos um compromisso com nós mesmos, não temos como fugir a
isso, como anda o seu compromisso com você mesmo?
Pois é certa a afirmação de que a felicidade está em nós e
não no outro, o papel do outro está em complementar e nada além disso, assim os
outros não são os responsáveis diretos pelo que pensamos ser a felicidade.
Relevante que tenhamos em nós a boa parte a dividir, a somar; o outro com sua
boa parte complementa e juntos compartilhamos.
O amor deve ter esta troca, interação, limite,
comprometimento, iniciando por nossa capacidade de assim conduzir uma relação –
namoro, noivado ou casamento.
A reflexão está na resposta daquilo que procuramos, com
tantas possibilidades vezes não paramos para pensar o que se passa em nosso
íntimo, quais nossos desejos.
Alguns resolveram adotar a solidão, outros deixam acontecer
simplesmente.
Não é uma crítica a qualquer modo de viver, mas apenas uma
observação sincera do que queremos e como buscamos o que nos confere
alegria,prazer, conforto e satisfação. Creio que poucos responderão que o não
comprometimento é satisfatório, nossos
sentimentos invariavelmente operam contraditórios a este tipo de relação.
De certo o amor entre duas pessoas não está neste contexto
cheio de liberdades, visto que mais fere do que conforta. Assim como também
fere relacionamentos doentios, obstinados, possessivos, ilusórios, isso sem
dúvida é distorção do amor.
Abaixo posto algumas questões observadas à luz do
espiritismo, retiradas do site espirito.org sobre relacionamentos amorosos como
um apoio a reflexão que o assunto merece.
1- Como explicar as
dificuldades e obstáculos na vida amorosa, maiores para uns, menores para
outros ?
Problemas amorosos,
carência afetiva, solidão, decorrem geralmente da maneira como administramos
nossas emoções e de nossa contribuição em favor de uma convivência ajustada
para feliz.
2- O problema não
pode estar relacionado com vidas anteriores ? .
As generalizações nos
afastam da realidade. Há o chamado canina, mas na maior parte das vezes a
origem está em nossa maneira de ser. Uma jovem extremamente possessiva, que
controla todos os passos do namorado e exige atenção plena transforma-se num
tormento para ele. Tenderá a ficar para "titia", não por destino alas
por desatino.
3- O encontro de sua
"metade", como sonham as jovens casadouras, não é dificultado pela
falta de atrativos físicos?
A beleza física é
mera carta de apresentação, logo relegada ao arquivo das coisas sem
importância.
4- O que pesaria,
então, favorecendo uma ligação afetiva?
O desempenho, a
maneira como nos relacionamos com as pessoas e particularmente com possíveis
parceiros de experiências afetivas.
5- Como fica a idéia
de que o casamento é planejado na Espiritualidade?
Subordinado ao
livre-arbítrio, casamento não é fatalidade. Tanto podem não se consumar os que
foram planejados, quanto podem ocorrer sem planejamento algum.
6- Como o Espiritismo
vê os trabalhos espirituais encomendados por pessoas no sentido de alcançar a
felicidade de uma realização afetiva?
A felicidade não é
uma mercadoria que se possa encomendar nesse mercado de ilusões que são os
sortilégios de amor.
7- E quanto às
práticas sugeridas nesses "consultórios do Além"?
Somente a ingenuidade
humana pode alimentar a idéia de que a submissão a determinadas práticas
ritualística ou cabalísticas vai resolver problemas cuja solução pede o
concurso do tempo e a adesão aos valores do Bem.
8- Que dizer aqueles
que, sem encontrar seu parceiro, sofrem solidão?
Será que podemos
relacionar a solidão com a ausência de alguém? Não seria mais razoável
relacioná-la com nossa ausência na vida social?
Acho que solidão não está relacionamento amoroso.
ResponderExcluirPodemos estar, casada, ficando qualquer coisa assim e nos sentirmos só.
Tem muita gente (me incluo) que, busca a perfeição no outro e esquece de que não é perfeito.
Exige tudo e não cede em nada.
Possuir, controlar, ciúme exagerado, acaba com qualquer relacionamento.
Bjs
Sim, existe solidão mesmo quando se está acompanhado e toda forma de relacionamento encerra em si um convite a analisarmos a nós mesmos constantemente e o que buscamos.
ExcluirDifícil de certo, como toda análise, mas fundamental para o nosso crescimento.
Obrigada pelo comentário Lú, bjs!
Lindissima postagem! realmente temos que ter muito cuidado com os relacionamentos que podem nos gerar mais débitos e comprometer uma reencarnação. Bjs
ResponderExcluirSim, temos responsabilidades de nossos atos e desejos, não sendo possível revogar a outro a parte que nos cabe (seja conosco ou com os outros).
ExcluirAgradeço pelo comentário Maria, bjs e Luz! Flávia.
Bom dia!
ResponderExcluirLerei mais e depois volto. Beijã.
Bom dia Beth, obrigada,bj,Flavia.
ResponderExcluirA busca da perfeição com relação da afetividade amorosa faz com que sempre aportamos em ancoras inseguras, como diz um ditado popular, "quem muito escolhe pega o pior".
ResponderExcluirGosto deste tipo de abordagem que seu espaço compartilha.
Abraço
Olá Lu, sim as relações amorosas também merecem reflexão pois envolvemos nossos sentimentos nelas, e mesmo quando não envolvemos ainda assim permanecemos responsáveis. De fato é impossível prever o desenrolar! Agradeço pelo comentário, grande abraço amigo!! Flávia.
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