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A prática e o estudo da Projeção da Consciência não é coisa nova. Historiadores relatam que na civilização egípcia da antiguidade se praticava na forma ritual de seus templos iniciáticos. A própria bíblia traz inúmeros relatos a respeito, e se hoje não é praticada por maior número de pessoas é porque durante séculos as religiões predominantes perseguiam os adeptos dos costumes espiritualistas, chamando-os de bruxos. Mais do que isso, queimavam-os nas fogueiras da inquisição. Em razão disso esse conhecimento se manteve escondido, quase desaparecendo, ficando, porém, suas sementes recolhidas nas tradições da velha Índia e do Tibet.
O yoga, o Budismo, a Cabala, enfim, as
mais antigas tradições espirituais têm classificado e ensinado como esses
corpos atuam, cada um em seu plano específico, porém, sempre de forma
integrada.
No
ocidente ela ressurgiu com o trabalho do sueco Swedenborg, em 1745, e voltou a
popularizar-se quando do surgimento do Espiritismo, que na linguagem de Kardec
tomou o nome de bicorporeidade e bilocação.
Daí para frente sua prática e as pesquisas de seu comportamento não mais
pararam, e hoje vários ramos das ciências psíquicas se dedicam ao seu estudo.
Em
relação aos estudos há alguns, como o realizado pelo Instituto do Sono, na
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os pesquisadores quiseram saber o
que acontece com as funções vitais de quem diz ser capaz de se projetar e sair
do corpo.
O
interesse de cientistas pela espiritualidade em diversos contextos tem
aumentado nos últimos anos. Dois pesquisadores vasculharam 1,2 mil trabalhos
científicos sobre o tema em todo o mundo. Uma hipótese: diante do desconhecido,
algumas pessoas seriam geneticamente mais pré-dispostas do que outras a crer e
ter fé.
"Alguns
cientistas já estão começando a falar que a gente deve ter herdado circuitos
biológicos associados à fé. Agora, como todos os seres humanos são bem
diferentes uns dos outros, talvez um ateu não tenha herdado esses circuitos e
não esteja capacitado biologicamente a crer, a transcender, a perceber o
divino", diz o fisiologista Marcelo Árias, do Centro Universitário Monte
Serrat (Unimonte).
Entender
essa "diferença" uniu pesquisadores em torno de um projeto: criar um
centro de estudos da consciência. O lugar escolhido foi Foz do Iguaçu, no
Paraná.
É
onde mora, hoje, a pesquisadora Málu Balona, uma estudiosa do comportamento das
pessoas que dizem sair do próprio corpo. A pesquisa feita por ela durou nove
anos e foi batizado de "Síndrome do Estrangeiro".
"Eu
tive algumas experiências bastante críticas de pessoas que me relataram que
foram tratadas a vida toda, e chegaram a tomar eletrochoque ou uma medicação
pesada. Mas a única queixa delas era a experiência fora do corpo. E as pessoas
não apresentavam em outros dados de comportamento nada que indicasse um
desequilíbrio", conta a pesquisadora.
Em
2002, um médico suíço descobriu, por acaso, que poderia fazer uma pessoa sair
do corpo. Durante um teste em uma paciente com epilepsia, ele aplicou uma
pequena carga elétrica na região do cérebro chamada de giro angular.
É
no giro angular que o cérebro reúne toda a sensibilidade do corpo, como tato,
equilíbrio e visão. É ali que o ser humano sabe se está sentado ou em pé, onde
se situa no mundo. A surpresa veio quando o médico aumentou levemente a carga
elétrica.
Como o post mencionou a Bíblia, eis as passagens das
menções:
Mesmo na Bíblia, principal livro religioso do
Ocidente, Paulo de
Tarso já relatava saídas do corpo de um cristão (pelo
contexto, ele
mesmo), que é "levado" em espírito (ou seja,
sem o corpo) a planos
espirituais. A ênfase no termo "fora do
corpo" não é acidental:
"Se é necessário que me vanglorie, ainda que não
convém, passarei às
visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em
Cristo que, há
catorze anos, foi arrebatado até o terceiro céu (se no
corpo ou fora
do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem
(se no corpo ou
fora do corpo não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao
paraíso e ouviu
palavras inefáveis, que não é lícito ao homem
referir" (Coríntios II,
c 12, v 1-4)
Em outras passagens, Paulo demonstra saber, também, da
existência de
um "corpo espiritual" (expressão bíblica,
portanto); cita
metaforicamente que há um "fio de prata" que
se rompe quando a morte
física ocorre (dando origem a outra expressão que se
pensa ser
ocultista, mas é de fato cristã); difere corpo, alma e
espírito (três
diferentes veículos de manifestação); classifica
alimentos de acordo
com sua densidade vibracional (peixes, aves e
mamíferos, nesta
ordem) - revelando ser familiar com princípios
projetivos e
bioenergéticos que alguns julgariam ser recentes e
contrários ao
dogma cristão, mas que, de fato, são bíblicos:
"... que vosso espírito, alma e corpo sejam
preservados íntegros e
irrepreensíveis ..." (Tessalonicences I, c 5, v
23)
"Semeia-se corpo natural, ressucita corpo
espiritual. Se há corpo
natural, há também corpo espiritual" (Coríntios
I, c 15, v 44)
"A palavra de Deus ... penetra até o ponto de
dividir alma e
espírito ..." (Hebreus, c 4, v 12)
Além de Paulo, há outros autores na Bíblia que revelam
práticas
projetivas e/ou mediúnicas, que são, portanto, também
cristãs:
"Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi,
por detrás de mim,
grande voz ..." (Apocalipse, c 1, v 10)
"Então, o Espírito me levantou e me levou; eu fui
amargurado na
excitação de meu espírito" (Ezequiel, c 3, v 14)
"Então, entrou em mim o espírito, quando falava
comigo, e me pôs
depé, e ouvio que ele me falava" (Ezequiel, c 2,
v 2)
No espiritismo de Allan Kardec, bastante popular no
Brasil, o tema
também é tratado sem misticismos ou ressalvas, em sua
própria
Codificação. Segundo Kardec, a alma emancipa-se
durante o sono e
encontra-se com o mundo espiritual. Há todo um
capítulo do Livro dos
Espíritos inteiranente dedicado ao tema, entitulado
"EMANCIPAÇÃO DA
ALMA", começando na pergunta 400.
Dentre os espíritas o termo viagem astral não é aceito, sendo mais usual em estudos da parapsicologia
e espiritualistas em variadas vertentes. Na maioria dos centros espíritas muito
pouco será dito sobre as viagens astrais ou saídas do corpo no estado
invigilante (sono)exceto para médiuns, pois são mais objetos de estudo
criterioso de desdobramento, suas aplicações e causas oferecem na visão
espírita grandes oportunidades de aprendizado, constando de livros
psicografados inclusive com o objetivo de elucidar a causas dos denominados
sonhos lúcidos.
O enfoque das saídas do corpo, naturais a qualquer pessoa
independem do crédulo e pode acontecer sendo o indivíduo médium ou não. Vez que
ocorrem, poderão ser do tipo consciente ou inconsciente (sem recordação) – o
que é imperioso ressaltar é a necessidade de realizar as saídas do corpo
conscientes com orientação (não de forma a explorar outras diretrizes que não
seu uso sério e responsável).
Convido aos interessados a explorarem mais sobre o assunto,
bem como seus objetivos salutares através da internet, o post é apenas um
resumo com objetivo de apresentar um pouco sobre o tema.
Assim poderão compreender um pouco mais sobre relatos de
encontros com familiares durante o sono, mensagens recebidas por entes
queridos, sensações de terem vivido um sonho lúcido cheio de detalhes para os
quais não tinham qualquer resposta.
Relembro que a saída do corpo obedece sempre a sintonia, assim cada qual poderá ao sair do corpo de forma lúcida ou não experimentar sensações boas ou não; rumar a lugares bons ou não; lembrar de mensagens boas ou não; interagir de forma agradável ou não.
O que altera as experiências e as sintonias ruins são sempre a própria consciência em fazer o bem, em ter bons pensamentos, ser positivo, crer em Deus...há vários posts que comento sobre a sintonia e necessidade de reforma íntima e sim, independem do crédulo, mas sim das atitudes.
Há ainda livros sobre o tema, tanto de pesquisas
científicas, de relatos como também religiosos – cito Waldo Vieira como um dos
que mais estudam as viagens astrais como fonte de estudo (não é uma visão
espírita os estudos por ele realizados, mas particularmente o creio bem
gabaritado por ser ele próprio uma pessoa que realiza viagens astrais
conscientemente e promove discussões a cerca do assunto).
Acredito que o estudo
deve permear as variadas vertentes, pois uma visão mais totalitária é sempre
valiosa, por este motivo não apenas indico livros e artigos espíritas, mas como
outros sérios, desde que estejam compromissados em analisar os fatos – assim
procedem os cientistas quando muitas vezes colocam de lado seus próprios
crédulos em benefício da humanidade, em seus estudos da espiritualidade.
Excelente posts e matérias!
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