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quinta-feira, 18 de abril de 2013

MÁGOA E RESSENTIMENTO



Todos já sentimos raiva diante de algum acontecimento, faz parte das nossas emoções de reação, porém há quem as cultive, quem se demore neste sentimento o que pode ocasionar tristeza, dores e doenças.

A relação das mágoas com doenças já está comprovada cientificamente, mas afinal, como nos desprendermos deste sentimento tão nocivo?

É importante que pensemos em primeiro lugar que a raiva ou mágoa não nos acrescentará em nada, assim devemos nos atentar em nos desfazermos dela; livre-se o quanto antes.

Jesus já nos orientou em relação ao perdão, onde devemos perdoar setenta vezes sete, tarefa muitas vezes difícil, mas que fica mais fácil se pensarmos que o mal ocasionado poderá refletir-se em outros males, vezes sérios.

Quando a mágoa se instala pode-se perder a alegria, vontade de seguir adiante, permanecer em um estado de melancolia, gerar processos depressivos.

Segundo Sigmund Freud, o grande psicanalista, todos nós temos uma certa predisposição orgânica para cedermos à somatização de algum conflito. Esta se dá geralmente em algum órgão específico. Desta forma, muitos de nossos adoecimentos repentinos são fruto do que ele chamou decomplacência somática. Nós guardamos a mágoa ou “fazemos de conta” que ela não existe. Como os sentimentos não morrem, eles são drenados no próprio ser, ferindo aquele que lhe deu abrigo.



O ressentimento é o produto direto da repressão da raiva. Não expressamos nossos sentimentos ao ofensor, não lhe demonstramos nosso desapontamento e desgosto e então passamos a guardá-la, a fim de desferi-la no momento oportuno. Assim surgem os conflitos, as brigas e o final de muitas relações.

É um cenário somente de perdas, sem que se construa absolutamente nada; por isso atentemo-nos para este sentimento para que não chegue a ser destruidor.


Antes, cultivemos o perdão, nos desculpando se formos nós os agentes ou desculpando se vítimas.

Talvez falte compreensão daquele que ofendeu, pode ser que sua ação esteja pautada em suas próprias fraquezas, por um mal humor temporário ou pela irreflexão no momento.

A base da mágoa é o orgulho e o egoísmo, geralmente instalada nos redutos do amor próprio ferido, saber perdoar é antes de tudo um processo de crescimento; ou ainda de uma frustração ou decepção onde haviam expectativas.Independente da causa, o que importa é a sua dissolução para que não se enraíze em nossos pensamentos ou no nosso dia-a-dia.

O Pai Nosso também nos ensina: perdoai nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido... porque será que Jesus nos oferece tão vasto discurso sobre o perdão?

Simplesmente porque é a causa de vários males.

Outra passagem bíblica: Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-
te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.

Concilia-te depressa com teu adversário, enquanto estás no caminho com ele,  


(Mateus 5:24-25).

As vezes a mágoa parte de nós mesmos para conosco, nesta situação Chico 

Xavier mencionou "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo 

começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".

Lembremos ainda que as mágoas ainda são o palco de obsessões, seja de encarnado para com encarnado/encarnado para com desencarnado/ desencarnado para com encarnado/desencarnado para desencarnado.

Saibamos fazer o bom uso do perdão e nos valer da parte boa que nos reserva o ato, deixo este post como reflexão.

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