Boa Noite, amigos do blog :)
Continuamos com a parte 2 da Análise do Livro de Brian Weiss, "Muitas Vidas, Muitos Mestres"
Da Integração
do fenômeno de regressão de memórias de vidas passadas com outros que demonstram a imortalidade da alma
Durante o
acompanhamento de Catherine e ao longo das suas sessões de terapia, a medida em
que ia externando suas lembranças de outras vidas, alguns fenômenos bem
conhecidos pelos estudiosos da Alma Humana e da sua sobrevivência após a morte,
foram sendo observados em Catherine:
Experiências
fora do corpo integradas em suas lembranças de mortes passadas
Comunicações
Mediúnicas
Precognição(Premonição)
Transmissão
Telepática
Concordância
entre informações transmissões pelos
Espíritos
Experiências fora do corpo integradas
em suas lembranças de mortes passadas
Durante os transes em que externava suas lembranças de outras
vidas, Catherine, ao lembrar da morte em suas vidas passadas, se percebia
abandonando o corpo, flutuando. Isto é um fator de extrema importância na
análise da veracidade dos relatos que ela externava, uma vez que nos remete de
uma forma obrigatória às experiências fora do corpo, largamente estudadas hoje
em dia e confirmadas mais uma vez, agora por cientistas britânicos, recentemente. O que ela externava em suas lembranças de mortes anteriores concordava admiravelmente com
relatos de pessoas que passaram pela experiência de estar fora do corpo, seja
em momentos de relaxamento, seja em momentos de morte iminente. Uma coisa muito
importante a ser realçada aqui é que Catherine não possuía cultura sobre esses
assuntos, como dito anteriormente era católica e após recordar todas esses
fatos sentiu dificuldade em conciliá-los com a sua crença, não obstante não
duvidasse das suas lembranças. Sobre essas lembranças nos diz o Dr. Weiss, após
mais uma das rememorações em que Catherine se via flutuando após a morte:
“Desta vez a sua morte
foi tranquila. Estava flutuando. Flutuando ? Isto fez-me recordar os estudos do
Dr. Raymond Moody sobre vítimas de experiências de quase morte. Os seus
pacientes também se recordavam de flutuar e em seguida serem puxados de novo
para os seus corpos. Lera o seu livro alguns anos antes e fazia agora uma
anotação mental para voltar a lê-lo. Perguntei a mim mesmo se Catherine seria
capaz de se lembrar de mais alguma coisa depois da sua morte, mas só conseguia
dizer «Estou flutuando.» Despertei-a e terminei aquela sessão.”
Em outra lembrança temos:
“«Não consigo respirar.
O meu peito dói-me muito.» Catherine arfava, evidenciando uma dor óbvia. «Meu
coração dói; está batendo muito depressa. Tenho tanto frio... sinto arrepios
pelo corpo todo.» Catherine começou a tremer. «Há gente no quarto que me dá folhas
para beber [um chá]. Sinto um cheiro esquisito. Estão esfregando em mim um
linimento no peito. Febre... mas sinto muito frio.» Morreu tranquilamente.
Flutuando até o teto, conseguia ver o seu corpo na cama, uma pequena mulher
engelhada nos seus sessenta anos. Reparou numa luz, sentindo-se atraída para
ela. A luz tornava-se cada vez mais brilhante e luminosa.”
Sobre a concordância no que diz respeito ao evento de
abandonar o corpo na hora da morte e as diferentes religiões de Catherine
durante cada uma das vidas que viveu no diz Weiss:
“Sentia-me fascinado
com o modo como os seus conceitos de morte e de vida depois da morte se
modificavam de vida para vida. E, no entanto, em todas as vezes a sua
experiência de morte era absolutamente uniforme, perfeitamente similar. Uma parte consciente dela abandonava
o corpo no momento da morte, flutuando acima dele, para em seguida ser atraída
por uma luz maravilhosa, fonte de energia. Nessa altura esperava sempre
por alguém que deveria chegar para a
ajudar.”
Nas pesquisas do Dr. Raymond Moody(Vida Depois da Vida), da
Dra. Elisabeth Küber-Ross, do
Prof. Ernesto Bozzano(Fenômenos de Bilocação) e
de vários outros, inclusive de membros da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de
Londres(SPR), as pessoas estudadas possuíam diferentes credos e comumente nada
sabiam dessas pesquisas, assim como Catherine; variavam do credo Ateísta,
passando pelo Agnóstico e seguindo até as diferentes religiões conhecidas. Muitas
dessas pessoas mudaram radicalmente suas concepções existenciais. Fenômenos
como esse são relatados inclusive entre povos selvagens, como nos mostrou o
professor Bozzano em “Povos Primitivos e
as Manifestações Supranormais”, onde se valeu de estudos de grandes
Antropólogos como E.B Taylor, Herbert Spencer, Andrew Lang, Huxley e outros.
Dessa forma, a concordância entre suas lembranças e tais
fenômenos é muito importante e mais um elemento que demonstra a veracidade dos
seus relatos sobre suas vidas passadas, é ainda mais importante considerando-se
sua total ignorância sobre o assunto.
Interessante é observar que nesses dois fenômenos, lembranças
de vidas passadas e experiências fora do corpo, temos sempre o mesmo ponto
recorrente: A separação entre corpo e a mente e a sua sobrevivência após a
morte. O mesmo ponto que de forma recorrente e integrada reduz a tese
materialista do fim da mente com o cérebro a nada.
Comunicações Mediúnicas
Nas comunicações mediúnicas, uma pessoa que já faleceu envia
mensagens através de pessoas que conseguem perceber a sua presença, tais
pessoas são denominadas médiuns. Em tal fenômeno, muitas vezes, vemos a
projeção, no médium, das características psicológicas inerentes à pessoa que
morreu; sua entonação de voz e seus conhecimentos, sua forma particular de
gesticular e de se expressar, várias características que tornam explícito o
fato do falecido se encontrar no ambiente, enviando informações desconhecidas
do médium, comunicando-se através deste. Muitas vezes há uma comunicação
indireta, onde uma pessoa que percebe a presença do Espírito envia o que ele
está dizendo no momento, mas sem ceder seu organismo para o desencarnado. Este
fenômeno ocorreu com Catherine, mentores espirituais se comunicaram por ela,
revelando inclusive fatos da vida íntima do Dr. Weiss, completamente
desconhecidos de Catherine.
Assim se exprime Weiss a respeito:
“Começou a rolar a
cabeça lentamente como se estivesse a observar uma cena qualquer. Mais uma vez
falava em voz alta e num tom rouco. «Dizem-me que há muitos deuses, porque Deus
está em cada um de nós.» Reconheci a voz do estado entre vidas, tanto pela sua
rouquidão como pelo tom decididamente espiritual da mensagem. Aquilo que ela
disse a seguir deixou-me sem fôlego, esvaziando-me os pulmões de ar. «O teu pai
está aqui, e o teu filho que é uma criança pequena. O teu pai diz que o
reconhecerás porque o seu nome é Avrom, e a tua filha tem o seu nome. A sua
morte também foi por causa do coração. O problema do coração do teu filho
também era importante, porque estava ao contrário, como o de uma galinha. Por
amor, fez um grande sacrifício por ti. A sua alma está muito avançada... A sua
morte expiou as dívidas dos seus pais. Também quis mostrar-te até onde podia ir
a medicina, que o seu alcance é muito limitado.»
Catherine parou de
falar e eu fiquei sentado num silêncio mesclado de um temor respeitoso,
enquanto a minha mente entorpecida tentava esclarecer o que se estava a passar.
O consultório parecia-me gelado.
Catherine sabia muito
pouco a respeito da minha vida pessoal. Na minha secretária tinha uma fotografia
da minha filha em bebê, sorrindo alegremente com os dois dentinhos de baixo
numa boca completamente vazia. A seguir tinha a fotografia do meu filho. Para
além disto, Catherine não sabia nada a respeito da minha família ou da minha
história pessoal. Fora bem instruído em termos de técnicas tradicionais
psicoterapêuticas. O terapeuta era suposto ser tabula rasa, um quadro em branco
onde o paciente podia projetar os seus próprios sentimentos, pensamentos e atitudes.
Estes podiam então ser analisados pelo terapeuta, alargando a arena da mente do
paciente. Sempre mantivera esta distância terapêutica em relação a Catherine.
Na realidade ela só me conhecia como psiquiatra, não sabendo nada do meu passado
ou da minha vida privada. Nem sequer expusera os meus diplomas no consultório.
A maior tragédia fora o
inesperado falecimento do nosso primeiro filho, Adam, que tinha apenas vinte e
três dias quando morreu, nos princípios de 1971. Cerca de dez dias depois de o
termos trazido do hospital para casa manifestara problemas respiratórios e
crises de vômitos. O diagnóstico era extremamente difícil de fazer. «Drenagem
venosa pulmonar totalmente anômala com um defeito do septro auricular» foi
aquilo que nos disseram. «Verifica-se cerca de um caso em cada dez milhões de nascimentos.»
As veias pulmonares, que supostamente deveriam transportar sangue oxigenado para
o coração, estavam incorretamente posicionadas, entrando no coração pelo lado
errado. Era como se o seu coração tivesse sido rodado, voltado para trás.
Extremamente, extremamente raro.
***
Tais fenômenos ocorrem diariamente nos lares das pessoas que
nós menos suspeitamos, nos centros espíritas, nos centros de umbanda, centros
esotéricos, no meio de católicos praticantes que muitas vezes não comentam isso
fora do círculo íntimo porque o “padre não gosta dessas coisas”, enfim, no seio
de muitas famílias e instituições religiosas mundo a fora.
Incontáveis casos como esse encontram-se registrados nos
anais das ciências psíquicas, em livros de grandes cientistas como Ernesto
Bozzano, William Crookes, Frederic William Henry Myers, Paul Gibier, Gustave
Geley , Allan Kardec, Gabriel Dellane, Ian Stevenson e muitos outros.
Mais uma vez um fenômeno completamente desconhecido e fora
dos aspectos culturais de Catherine se manifesta através dela e novamente o
ponto incomodo para o materialismo aparece: mentes sem cérebro se comunicando,
pessoas falecidas se comunicando através de vivos.
Como peças de um quebra-cabeça, a vida após a morte vai se
revelando.
Precognições e Transmissões
telepáticas
Catherine também, aos poucos, passou a apresentar faculdades precognitivas(premonições,
antecipações de eventos futuros) e telepáticas, características que tendem a se
desenvolver na medida em que há um aumento na sensibilidade do ser humano
diante da realidade espiritual. Sobre isso nos fala Dr. Weiss:
“De sessão em sessão
Catherine estava a tornando-se cada vez mais psíquica(aumento das faculdades
espirituais). Tinha intuições sobre pessoas e acontecimentos que mais tarde se
vinha a provar serem verdadeiras. Durante a hipnose, começara a antecipar-se às
minhas perguntas, antes de eu ter a oportunidade de as fazer. A maior parte dos
seus sonhos apresentavam uma tendência precognitiva ou de presságio.
Numa determinada altura
em que os pais a vieram visitar, o pai exprimiu dúvidas muito sérias sobre tudo
aquilo que se estava se passando. Para lhe provar que era verdade, Catherine
levou-o às corridas. E foi aí que, para sua grande admiração, ela indicou
antecipadamente o vencedor de cada uma das corridas. O pai estava absolutamente
espantado. Quando ela verificou que conseguira provar o seu ponto de vista,
juntou todo o dinheiro que ganhara nas apostas e deu-o ao primeiro mendigo que
encontrou à saída das corridas. Sabia intuitivamente que as novas faculdades
espirituais que adquirira não deviam ser usados para obtenção de recompensas
financeiras. Para ela tinham um significado muito mais elevado. Confessou-me
que toda esta experiência lhe causava um certo receio, mas sentia-se tão
contente com os progressos que fizera que estava ansiosa por continuar com as regressões.
Pela minha parte sentia-me simultaneamente chocado e fascinado com as suas
capacidades psíquicas, com uma menção especial para o caso das corridas.
Tratava-se de uma prova
tangível. Tinha o bilhete vencedor para cada uma das corridas. Não se tratava
de qualquer coincidência. Algo de muito estranho se estava passando nestas
últimas semanas e esforcei-me por conservar a minha perspectiva. Não podia de
modo nenhum negar as suas capacidades psíquicas.”
Concordância entre informações transmitidas pelos Espíritos
Este é, sem dúvida, um dos fatos mais notáveis que podemos
extrair das pesquisas do Dr. Weiss, digo isso pelo fato de Catherine nada saber
sobre a realidade espiritual e, mesmo assim, dar passividade à mentores
espirituais que se comunicavam através dela, fosse de forma direta ou de
maneira indireta, durante os seus transes. Muito do que ela disse está de acordo
com as várias fontes de informações(sendo o Livro dos Espíritos uma delas) sobre
o mundo espiritual, inclusive com as informações que nós próprios recebemos. O
que os Espíritos dizem no final da introdução de o Livro do Espíritos soa como
uma verdade que afaga a alma:
“A
vaidade de certos homens, que julgam saber tudo e tudo querem explicar a seu modo,
dará nascimento a opiniões dissidentes. Mas, todos os que tiverem em
vista o grande princípio
de Jesus se confundirão num só sentimento: o do
amor do bem e se unirão por um laço fraterno, que prenderá o
mundo inteiro. Estes deixarão de lado as miseráveis questões de
palavras, para só se ocuparem com o que é essencial. E a
doutrina será sempre a
mesma, quanto ao
fundo, para todos os que receberem comunicações de Espíritos superiores.”
Catherine chama, no livro, os mentores de “Mestres
Espirituais”, seguem algumas informações passadas por meio de Catherine:
«As pessoas que se encontram em coma... estão num estado de
suspensão. Ainda não se encontram prontas para atravessarem para outro plano...
até decidirem se querem ou não atravessar. Só elas podem tomar uma decisão a
este respeito. Se concluem que não têm mais nada a aprender... no estado
físico... então é-lhes permitido atravessar. Mas se ainda têm coisas a
aprender, então, devem regressar mesmo que não o queiram fazer. Para essas
pessoas trata-se de um período de descanso, um período em que os seu poderes
mentais podem repousar.»
Aqui Catherine fala sobre o que aprendeu com os mentores
antes de reencarnar e em suas outras vidas:
«Há muitas almas nesta dimensão. Não sou a única. Temos que
ser pacientes. E qualquer coisa que eu também nunca aprendi... Há muitas
dimensões...»
«Estive em diferentes planos em alturas diferentes. Cada um deles
representa um nível de consciência superior. O plano para onde vamos depende do
ponto até onde conseguimos progredir...»
«Devemos partilhar o nosso saber com as outras pessoas. Temos capacidades muito além das que julgamos possuir. Há quem
descubra isto mais depressa do que outros. Devemos ter consciência dos
nossos erros antes de chegarmos a este ponto. Se assim não for, serão
transportados conosco para outra vida. Só nós temos possibilidade de nos
libertarmos... dos maus hábitos que vamos acumulando quando nos encontramos no
estado físico. Os Mestres não podem fazer isso por nós. Quando optamos por nos
opormos e não nos libertarmos deles, iremos transportá-los para uma outra vida. E só quando
decidimos que somos suficientemente fortes para dominarmos os problemas
externos é que faremos com que eles não existam na vida seguinte.
«Também devemos aprender a não nos limitarmos a
aproximarmo-nos das pessoas que têm vibrações como as nossas. É normal
sentirmo-nos atraídos por alguém que se encontra no mesmo nível onde nós
estamos. Mas isto está errado. Também devemos aproximarmo-nos das pessoas cujas vibrações
são diferentes... das nossas. É nisto que reside a importância... de ajudar...
essas pessoas.
«São-nos dados poderes intuitivos que deveríamos seguir em
vez de tentarmos resistir-lhes. Todos aqueles que lhes resistem irão cair em
situações de perigo. Não somos enviados de cada um dos planos com poderes
iguais. Algumas pessoas possuem poderes maiores do que as outras, porque estes
foram acrescidos noutras alturas. Assim, as pessoas não são todas criadas de
igual modo. Mas eventualmente alcançaremos um ponto em que todos seremos
iguais.»
Mais a frente o mentores falam com o Dr.Weiss
através de Catherine:
«Tens razão ao concluir que este é o tratamento correto para
todos aqueles que se encontram no estado físico. Deves eliminar os medos das
suas mentes. Há sempre uma perda de energia quando o medo se encontra presente.
Impede-os de cumprirem as missões para as quais foram enviados. Inspira-te
naquilo que te rodeia. Primeiro devem ser postos num nível muito, muito
profundo... onde deixem de ser capazes de sentir o corpo. Nessa altura és capaz
de chegar até eles. E só à superfície... que se encontram as perturbações. Lá
muito no fundo das suas almas, onde as ideias são criadas, é aí que os deves
encontrar.
«Energia... tudo é energia. E tanto que é desperdiçada. As
montanhas... dentro das montanhas tudo é tranquilidade; a calma encontra-se no
centro. Mas no exterior é onde se situam as perturbações. Os humanos só são
capazes de ver o exterior, mas tu podes chegar muito mais fundo. Tens que ver o
vulcão. Para isso tens que penetrar muito mais fundo.
«Encontrar-se num estado físico é anormal. Quando te encontras
num estado espiritual, isso é para ti um estado natural. Quando somos mandados
de volta é o mesmo que sermos mandados para qualquer coisa que não conhecemos.
Leva-nos mais tempo. No mundo espiritual é preciso esperar para em seguida se
verificar a renovação. É um estado de renovação. É uma dimensão como as outras
dimensões...
***
Qualquer pessoa familiarizada com os estudos espirituais já
se deparou com esses ensinamentos, seja através de livros ou em suas reuniões
mediúnica privadas. Tais informações vindo por meio de duas pessoas(Dr. Weiss e
Catherine) completamente ignorantes no assunto é algo absolutamente notável e
nos mostra ação de inteligências invisíveis atuando durante as sessões a qual
participavam.
Todos os fenômenos que ocorreram por meio de Catherine, se
analisados em seu conjunto, de forma integrada e comparados com os fenômenos
que ocorrem com outras pessoas, demonstram sem nenhuma sombra de dúvidas que a
Alma sobrevive à morte do corpo.
***
Concluiremos a análise do livro no post número 3, até lá :)
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